Bolsa de Tóquio fecha no maior nível em 7 anos
O iene apresentou fortes perdas ante outras moedas principais
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2014 às 07h03.
São Paulo - A Bolsa de Tóquio fechou no maior nível em sete anos nesta sexta-feira e o iene apresentou fortes perdas ante outras moedas principais, após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) surpreender os mercados com a ampliação de sua política de estímulos monetários e com relatos, posteriormente confirmados, de que o fundo de pensão do governo faria mudanças agressivas em sua carteira de investimentos.
As novidades no Japão vieram após o desempenho mais forte que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que cresceu a uma taxa anual de 3,5% no terceiro trimestre, ante uma previsão de aumento de 3,1%.
O índice Nikkei , que reúne as empresas mais negociadas na capital japonesa, saltou 4,83%, a 16.413,76 pontos, registrando o maior ganho porcentual numa única sessão em 16 meses e alcançando o maior patamar desde novembro de 2007. O volume superou 4 bilhões de ações negociadas, o segundo maior do ano.
Em anúncio inesperado, o BoJ afirmou que vai radicalmente ampliar o limite de seu balanço para 275 trilhões de ienes. Para isso, o BC japonês vai expandir suas compras anuais de ativos - sua principal ferramenta para tentar impulsionar a inflação - para 80 trilhões de ienes, de uma faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.
A ideia do BoJ é atingir a meta basicamente comprando mais bônus do governo japonês, consolidando, assim, seu status de maior detentor de JGBs, como são conhecidos os papéis. O BoJ também informou que vai triplicar as compras de ações e de fundos imobiliários.
"Sem dúvida, esse gesto agressivo foi uma surpresa", comentou Yutaka Miura, analista técnico sênior da Mizuho Securities.
O mercado japonês também foi impulsionado por relatos da mídia de que o fundo de pensão do governo japonês (GPIF, na sigla em inglês) iria elevar seus investimentos em ações e empresas domésticas, de 12% para 25%, e cortar investimentos em bônus domésticos, de 60% para 35%. No começo da manhã desta sexta, o GPIF confirmou a notícia.
No mercado de câmbio, o iene reagiu em forte baixa à decisão do BoJ, favorecendo os negócios com ações, em especial de exportadoras. Às 7h49 (de Brasília), o dólar saltava a 111,63 ienes, de 109,24 ienes no fim da tarde de ontem, enquanto o euro avançava a 140,23 ienes, de 137,76 ienes.
Entre as empresas negociadas em Tóquio, subiram as que divulgaram balanços positivos ou ampliaram projeções de lucro para o ano. A Nippon Steel & Sumitomo Metal, a NTT Data e a Yamato Holdings tiveram ganhos maiores que do Nikkei, de 5,3%, 5,4% e 10%, respectivamente. Fonte: Dow Jones Newswires. Com informações da Dow Jones Newswires.
São Paulo - A Bolsa de Tóquio fechou no maior nível em sete anos nesta sexta-feira e o iene apresentou fortes perdas ante outras moedas principais, após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) surpreender os mercados com a ampliação de sua política de estímulos monetários e com relatos, posteriormente confirmados, de que o fundo de pensão do governo faria mudanças agressivas em sua carteira de investimentos.
As novidades no Japão vieram após o desempenho mais forte que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que cresceu a uma taxa anual de 3,5% no terceiro trimestre, ante uma previsão de aumento de 3,1%.
O índice Nikkei , que reúne as empresas mais negociadas na capital japonesa, saltou 4,83%, a 16.413,76 pontos, registrando o maior ganho porcentual numa única sessão em 16 meses e alcançando o maior patamar desde novembro de 2007. O volume superou 4 bilhões de ações negociadas, o segundo maior do ano.
Em anúncio inesperado, o BoJ afirmou que vai radicalmente ampliar o limite de seu balanço para 275 trilhões de ienes. Para isso, o BC japonês vai expandir suas compras anuais de ativos - sua principal ferramenta para tentar impulsionar a inflação - para 80 trilhões de ienes, de uma faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.
A ideia do BoJ é atingir a meta basicamente comprando mais bônus do governo japonês, consolidando, assim, seu status de maior detentor de JGBs, como são conhecidos os papéis. O BoJ também informou que vai triplicar as compras de ações e de fundos imobiliários.
"Sem dúvida, esse gesto agressivo foi uma surpresa", comentou Yutaka Miura, analista técnico sênior da Mizuho Securities.
O mercado japonês também foi impulsionado por relatos da mídia de que o fundo de pensão do governo japonês (GPIF, na sigla em inglês) iria elevar seus investimentos em ações e empresas domésticas, de 12% para 25%, e cortar investimentos em bônus domésticos, de 60% para 35%. No começo da manhã desta sexta, o GPIF confirmou a notícia.
No mercado de câmbio, o iene reagiu em forte baixa à decisão do BoJ, favorecendo os negócios com ações, em especial de exportadoras. Às 7h49 (de Brasília), o dólar saltava a 111,63 ienes, de 109,24 ienes no fim da tarde de ontem, enquanto o euro avançava a 140,23 ienes, de 137,76 ienes.
Entre as empresas negociadas em Tóquio, subiram as que divulgaram balanços positivos ou ampliaram projeções de lucro para o ano. A Nippon Steel & Sumitomo Metal, a NTT Data e a Yamato Holdings tiveram ganhos maiores que do Nikkei, de 5,3%, 5,4% e 10%, respectivamente. Fonte: Dow Jones Newswires. Com informações da Dow Jones Newswires.