Bolsa de São Paulo dispara com Aécio no segundo turno
Ações de estatais como Petrobras puxam a alta da bolsa brasileira nesta segunda-feira
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2014 às 15h52.
São Paulo - Um dia após o primeiro turno das eleições , a Bolsa de São Paulo abriu em alta diante do salto do candidato preferido dos investidores, Aécio Neves , que superou Marina Silva na última semana antes da votação e disputará o segundo turno, dia 26 de outubro, contra a presidente Dilma Rousseff .
A maior bolsa de valores da América Latina abriu em alta de mais de 6%, embora às 12h37 tenha perdido força e recuado para 5,33%, a 57.446 pontos.
"Há uma relação direta entre a alta da bolsa e as chances de Aécio Neves. A possibilidade de uma disputa mais forte e o fato de Dilma não ter ganhado no primeiro turno explicam esta alta", disse à AFP Leandro Martins, analista da corretora Walpires.
As ações de empresas com participação estatal, como a Petrobras - envolvida em escândalos de corrupção vinculados ao PT - tiveram alta de mais de 12% na abertura.
"Aécio desponta como favorito porque sua tendência é de alta e de que os muitos votos de Marina Silva migrem para ele", disse o economista da consultoria Gradual Investimentos, André Perfeito.
Marina Silva, do PSB, que assim como o candidato tucano propôs uma política econômica ortodoxa, ficou em terceiro lugar com 21,3% dos votos. São esses eleitores que estão na alça de mira do PSDB.
"No entanto, sugiro cautela. A presidente Dilma é uma figura que ainda tem forte apoio popular e que está em primeiro lugar nas pesquisas para o segundo turno realizadas até agora", acrescentou. "Mas o Aécio pode subir e os mercados devem permanecer animados nesta semana", acredita Perfeito.
Rejeição a Dilma Rousseff
Dilma obteve 41,59% dos votos na eleição presidencial de domingo; Aécio Neves, 33,55% e Marina Silva, 21,32%, uma queda em relação ao que indicavam as pesquisas.
O apoio de Marina, contudo, pode ser determinante nesta nova etapa, em que as alianças são muito importantes para somar novos votos.
A Bovespa já havia subido com força diante da possibilidade de Dilma Rousseff não ser reeleita. Entretanto, teve uma queda de 4,52% na semana passada, quando as pesquisas apontaram o aumento em seu apoio popular e a possibilidade de reeleição no primeiro turno.
Segundo os analistas, os mercados têm uma rejeição a Dilma, por causa do fraco crescimento econômico durante seus quatro anos de governo. Também há uma insatisfação com a negligência em relação às contas fiscais, à inflação, à redução da poupança e à ingerência do governo em empresas onde o Estado é acionista, como a Petrobras.
A economia brasileira, sétima do mundo, passa atualmente por uma recessão técnica depois de dois trimestres consecutivos de contração, e com uma inflação anual acima da meta oficial de 6,5%.
"A alta da bolsa é uma reação de otimismo diante da perspectiva de que Aécio ganhe. O mercado acompanha de perto os indicadores econômicos brasileiros e as contas fiscais", comentou o economista da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini.
"Com Dilma, a perspectiva é de que se mantenha o quadro de baixo crescimento econômico, que haja desemprego e outras dificuldades", acrescentou.
São Paulo - Um dia após o primeiro turno das eleições , a Bolsa de São Paulo abriu em alta diante do salto do candidato preferido dos investidores, Aécio Neves , que superou Marina Silva na última semana antes da votação e disputará o segundo turno, dia 26 de outubro, contra a presidente Dilma Rousseff .
A maior bolsa de valores da América Latina abriu em alta de mais de 6%, embora às 12h37 tenha perdido força e recuado para 5,33%, a 57.446 pontos.
"Há uma relação direta entre a alta da bolsa e as chances de Aécio Neves. A possibilidade de uma disputa mais forte e o fato de Dilma não ter ganhado no primeiro turno explicam esta alta", disse à AFP Leandro Martins, analista da corretora Walpires.
As ações de empresas com participação estatal, como a Petrobras - envolvida em escândalos de corrupção vinculados ao PT - tiveram alta de mais de 12% na abertura.
"Aécio desponta como favorito porque sua tendência é de alta e de que os muitos votos de Marina Silva migrem para ele", disse o economista da consultoria Gradual Investimentos, André Perfeito.
Marina Silva, do PSB, que assim como o candidato tucano propôs uma política econômica ortodoxa, ficou em terceiro lugar com 21,3% dos votos. São esses eleitores que estão na alça de mira do PSDB.
"No entanto, sugiro cautela. A presidente Dilma é uma figura que ainda tem forte apoio popular e que está em primeiro lugar nas pesquisas para o segundo turno realizadas até agora", acrescentou. "Mas o Aécio pode subir e os mercados devem permanecer animados nesta semana", acredita Perfeito.
Rejeição a Dilma Rousseff
Dilma obteve 41,59% dos votos na eleição presidencial de domingo; Aécio Neves, 33,55% e Marina Silva, 21,32%, uma queda em relação ao que indicavam as pesquisas.
O apoio de Marina, contudo, pode ser determinante nesta nova etapa, em que as alianças são muito importantes para somar novos votos.
A Bovespa já havia subido com força diante da possibilidade de Dilma Rousseff não ser reeleita. Entretanto, teve uma queda de 4,52% na semana passada, quando as pesquisas apontaram o aumento em seu apoio popular e a possibilidade de reeleição no primeiro turno.
Segundo os analistas, os mercados têm uma rejeição a Dilma, por causa do fraco crescimento econômico durante seus quatro anos de governo. Também há uma insatisfação com a negligência em relação às contas fiscais, à inflação, à redução da poupança e à ingerência do governo em empresas onde o Estado é acionista, como a Petrobras.
A economia brasileira, sétima do mundo, passa atualmente por uma recessão técnica depois de dois trimestres consecutivos de contração, e com uma inflação anual acima da meta oficial de 6,5%.
"A alta da bolsa é uma reação de otimismo diante da perspectiva de que Aécio ganhe. O mercado acompanha de perto os indicadores econômicos brasileiros e as contas fiscais", comentou o economista da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini.
"Com Dilma, a perspectiva é de que se mantenha o quadro de baixo crescimento econômico, que haja desemprego e outras dificuldades", acrescentou.