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Bolsa de NY sobe puxada por telecomunicação e energia

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta e o Dow Jones voltou a superar a barreira dos 12 mil pontos diante do avanço nos papéis dos setores de energia e de telecomunicações, que receberam impulso da valorização do petróleo e da notícia de que […]

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 19h23.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta e o Dow Jones voltou a superar a barreira dos 12 mil pontos diante do avanço nos papéis dos setores de energia e de telecomunicações, que receberam impulso da valorização do petróleo e da notícia de que a Deutsche Telekom concordou em vender a T-Mobile para a AT&T por US$ 39 bilhões, num acordo que envolve dinheiro e ações.

Investidores disseram que a notícia gerou confiança nas empresas norte-americanas num momento em que as manchetes internacionais inspiram receios. "É sempre bom ter uma notícia sobre fusão e o anúncio da AT&T e da T-Mobile definitivamente é algo que faz as pessoas sentirem que há negócios sendo fechados", disse William Vogel, vice-presidente da Merlin Securities. Ele destacou o auxílio que o JPMorgan forneceria à operação, com um financiamento de US$ 20 bilhões - o maior já oferecido pelo banco. "Está claro que os bancos estão desempenhando um papel fundamental."

O Dow Jones subiu 178,01 pontos, ou 1,50%, para 12.036,53 pontos. O Nasdaq avançou 48,42 pontos, ou 1,83%, para 2.692,09 pontos, enquanto o S&P 500 teve ganho de 19,18 pontos, ou 1,50%, para 1.298,38 pontos.

A notícia do acordo com a Deutsche Telekom levou as ações da AT&T - componente do Dow Jones - a fecharem em alta de 1,15%. A Verizon Communications também foi beneficiada pela notícia e subiu 1,73%, enquanto a Sprint Nextel, que se tornará a menor empresa norte-americana em termos de número de clientes se o acordo entre a Deutsche Telekom e a AT&T for aprovado, encolheu 13,61%.

No setor de energia, os preços dos contratos futuros do petróleo negociados em Nova York subiram e fecharam acima de US$ 102 por barril, reagindo à tensão crescente na Líbia. Os EUA e outros países da coalizão internacional lançaram mísseis contra as forças do coronel Muamar Kadafi hoje. Além disso, no Iêmen, boa parte dos comandantes militares se aliaram à oposição, pedindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh.

"Não achamos que o conflito na Líbia será um evento de longa duração. Acreditamos que é uma questão transitória", disse William Vogel. Segundo ele, o aumento dos preços do petróleo em geral indica um fortalecimento da economia global. "As economias estão ficando suficientemente fortes para pagarem por esse petróleo", acrescentou.

Entre as empresas ligadas ao setor petrolífero, a Rowan subiu 5,5%, a Noble fechou em alta de 4,7% e a Tesoro avançou 4,1%. ExxonMobil e Chevron tiveram ganho de 2,52% e de 2,32%, respectivamente.

As ações de instituições financeiras subiram depois de o Departamento do Tesouro dos EUA anunciar planos para começar a vender os US$ 142 bilhões em títulos garantidos por hipotecas adquiridos durante a crise financeira. Operadores disseram que a confiança do governo na possibilidade de venda desses ativos reflete uma melhora na saúde das empresas do setor. A Hartford Financial Services fechou em alta de 3,9%, enquanto a American International Group (AIG) teve ganho de 6%.

Entre outros destaques da sessão, o Citigroup perdeu 1,33% depois de anunciar que vai executar um desdobramento reverso de suas ações, numa proporção de 1 para 10, e retomar o pagamento de dividendos pela primeira vez desde 2009.

A Boeing fechou em alta de 3,04% depois de a nova versão do 747 ter decolado pela primeira vez no domingo.

Entre os indicadores econômicos divulgados hoje, o número de vendas de moradias usadas nos EUA encolheu 9,6% em fevereiro, acompanhado por um declínio nos preços para o menor nível em aproximadamente nove anos. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam queda de 3,9% nas vendas. As informações são da Dow Jones.

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