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Bolsa de NY cai; S&P tem pior início de mês da história

A dúvida sobre a capacidade da Grécia para cumprir as metas misturou-se com receios sobre a solidez do pacote de austeridade fiscal da Itália

Confira agora as ações que podem dar adeus à bolsa (Mario Tama/ Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 18h43.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda na volta do feriado, pressionados por receios com a possibilidade de um agravamento na crise das dívidas soberanas da Europa.

O Dow Jones caiu 100,96 pontos, ou 0,90%, para 11.139,30 pontos, mas ao longo do pregão chegou a perder 308 pontos. O Nasdaq recuou 6,50 pontos, ou 0,26%, para 2.473,83 pontos. O S&P 500 teve declínio de 8,73 pontos, ou 0,74%, para 1.165,24 pontos, acumulando queda de 4,4% nas três primeiras sessões de setembro, o que equivale ao pior desempenho do índice nesse intervalo e em termos porcentuais desde a sua criação, em 1957.

Na sexta-feira, negociações entre a Grécia e representantes dos credores internacionais do país - uma trinca composta por Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - foram suspensas. Segundo fontes próximas ao assunto, o grupo teria exigido que o governo grego adotasse mais medidas de austeridade fiscal para garantir o cumprimento da meta de redução no déficit orçamentário, mas a Grécia teria rejeitado a proposta por acreditar que esse tipo de abordagem afundará ainda mais o país na recessão.

A liberação da próxima parcela de empréstimos aos gregos depende do cumprimento das metas de redução no déficit, conforme lembrou hoje o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, num discurso ao parlamento alemão. "A missão (dos credores) precisa chegar a uma conclusão positiva, caso contrário a Grécia não receberá o dinheiro."

A dúvida sobre a capacidade da Grécia para cumprir as metas misturou-se com receios sobre a solidez do pacote de austeridade fiscal da Itália. O governo do país anunciou hoje novas mudanças no plano, desta vez propondo a criação de um imposto sobre os italianos que ganham mais de 500 mil euros por ano, um aumento no imposto sobre o valor agregado (IVA) para 21%, de 20%, e a elevação da idade mínima de aposentadoria das mulheres que trabalham no setor privado para 65 anos, de 60 atualmente.

As bolsas dos EUA devolveram parte das perdas depois de o governo da Grécia anunciar que pretende acelerar as privatizações e outras reformas para diminuir o tamanho do poder público.

Os investidores agora aguardam os discursos do presidente dos EUA, Barack Obama, e do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, previstos para quinta-feira. Os membros do Congresso do país voltarão do recesso e o mercado estará atento ao anúncio de medidas de estímulo à economia. Apesar disso, "a percepção é de que não há um bote salva-vidas", disse Paul Atkinson, diretor de ações norte-americanas na Aberdeen Asset Management. "O espaço de manobra do Fed e do presidente parece bem pequeno." As informações são da Dow Jones.

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O Dow Jones caiu 100,96 pontos, ou 0,90%, para 11.139,30 pontos, mas ao longo do pregão chegou a perder 308 pontos. O Nasdaq recuou 6,50 pontos, ou 0,26%, para 2.473,83 pontos. O S&P 500 teve declínio de 8,73 pontos, ou 0,74%, para 1.165,24 pontos, acumulando queda de 4,4% nas três primeiras sessões de setembro, o que equivale ao pior desempenho do índice nesse intervalo e em termos porcentuais desde a sua criação, em 1957.

Na sexta-feira, negociações entre a Grécia e representantes dos credores internacionais do país - uma trinca composta por Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - foram suspensas. Segundo fontes próximas ao assunto, o grupo teria exigido que o governo grego adotasse mais medidas de austeridade fiscal para garantir o cumprimento da meta de redução no déficit orçamentário, mas a Grécia teria rejeitado a proposta por acreditar que esse tipo de abordagem afundará ainda mais o país na recessão.

A liberação da próxima parcela de empréstimos aos gregos depende do cumprimento das metas de redução no déficit, conforme lembrou hoje o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, num discurso ao parlamento alemão. "A missão (dos credores) precisa chegar a uma conclusão positiva, caso contrário a Grécia não receberá o dinheiro."

A dúvida sobre a capacidade da Grécia para cumprir as metas misturou-se com receios sobre a solidez do pacote de austeridade fiscal da Itália. O governo do país anunciou hoje novas mudanças no plano, desta vez propondo a criação de um imposto sobre os italianos que ganham mais de 500 mil euros por ano, um aumento no imposto sobre o valor agregado (IVA) para 21%, de 20%, e a elevação da idade mínima de aposentadoria das mulheres que trabalham no setor privado para 65 anos, de 60 atualmente.

As bolsas dos EUA devolveram parte das perdas depois de o governo da Grécia anunciar que pretende acelerar as privatizações e outras reformas para diminuir o tamanho do poder público.

Os investidores agora aguardam os discursos do presidente dos EUA, Barack Obama, e do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, previstos para quinta-feira. Os membros do Congresso do país voltarão do recesso e o mercado estará atento ao anúncio de medidas de estímulo à economia. Apesar disso, "a percepção é de que não há um bote salva-vidas", disse Paul Atkinson, diretor de ações norte-americanas na Aberdeen Asset Management. "O espaço de manobra do Fed e do presidente parece bem pequeno." As informações são da Dow Jones.

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