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Bolsa abre em baixa, ante escassez de volume financeiro

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, sem seu principal mercado de referência - hoje é feriado nos Estados Unidos para celebração do dia da independência no país. Com isso, a escassez de volume financeiro prevista para o dia tende a inibir uma recuperação contundente dos […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 10h39.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, sem seu principal mercado de referência - hoje é feriado nos Estados Unidos para celebração do dia da independência no país. Com isso, a escassez de volume financeiro prevista para o dia tende a inibir uma recuperação contundente dos negócios no Brasil, e o grande desafio deve ser a manutenção dos 63 mil pontos reconquistados no fim da semana passada. Às 10h06, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,02%, aos 63.381 pontos.

Para o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, se a probabilidade de fluxo mais consistente para a renda variável tem sido pequena - por causa da competição desleal com a renda fixa brasileira -, hoje a chance de ingresso de recursos é praticamente nula. "O giro deve obedecer a operações de curto prazo", avalia. Segundo ele, o feriado norte-americano hoje apenas engrena os motores para uma semana relevante de dados econômicos, que tem como ponto alto o relatório oficial sobre o mercado de trabalhos dos EUA (payroll), na sexta-feira.

Na Europa, as atenções continuam voltadas para a Grécia. Os ministros das Finanças da zona do euro concordaram em liberar a próxima parcela do empréstimo referente ao ano passado ao país - de 12 bilhões de euros - mas adiaram, talvez para setembro, o estabelecimento de um segundo pacote de resgate financeiro. "Os europeus são lentos para tomar decisão e essa demora pode trazer mais volatilidade aos mercados", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, descartando, contudo, esse movimento para hoje.

Aqui no Brasil, o grande destaque é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que será divulgado na quinta-feira e que pode dar pistas sobre os próximos passos do Banco Central na condução da taxa básica de juros (Selic). Pela pesquisa Focus, divulgada nesta manhã, as previsões seguem em uma taxa de 12,50% para os juros básicos ao final deste ano - e mantidos neste nível ao longo do próximo. Já a estimativa para a inflação oficial no fim de 2012 caiu de 5,15% para 5,10% e oscilou em baixa, de 6,16% para 6,15%, em 2011.

Enquanto as preocupações inflacionárias minam a confiança dos investidores em ativos de risco, algumas ações devem reagir a notícias específicas. O Carrefour informou nesta manhã que seu Conselho de Administração aprovou o controverso plano proposto pela empresa brasileira de investimento Gama, pertencente ao BTG Pactual, para combinar seus ativos com os do Grupo Pão de Açúcar, o que agregaria valor à companhia francesa.

Mas o Casino, sócio do Pão de Açúcar, lembrou que o rival francês pode ser responsabilizado por se engajar em uma transação hostil com o parceiro brasileiro, apesar dos repetidos alertas. A varejista francesa anunciou ainda que abriu na última sexta-feira um segundo pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional (ICC) contra a família Diniz a fim de "garantir o respeito aos procedimentos estabelecidos pelo acordo de acionistas de 27 de novembro de 2006" na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD).

Outro papel que também depende de desfecho para seguir tendência na Bolsa é o da Brasil Foods. Os investidores aguardam o fim da votação da fusão entre Sadia e Perdigão, interrompida no início do mês passado. Hoje, os negociadores da empresa se reúnem mais uma vez no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em uma tentativa de alinhavar um acordo mais concreto, que viabilize a manutenção das marcas Sadia e Perdigão na BRF.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, sem seu principal mercado de referência - hoje é feriado nos Estados Unidos para celebração do dia da independência no país. Com isso, a escassez de volume financeiro prevista para o dia tende a inibir uma recuperação contundente dos negócios no Brasil, e o grande desafio deve ser a manutenção dos 63 mil pontos reconquistados no fim da semana passada. Às 10h06, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,02%, aos 63.381 pontos.

Para o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, se a probabilidade de fluxo mais consistente para a renda variável tem sido pequena - por causa da competição desleal com a renda fixa brasileira -, hoje a chance de ingresso de recursos é praticamente nula. "O giro deve obedecer a operações de curto prazo", avalia. Segundo ele, o feriado norte-americano hoje apenas engrena os motores para uma semana relevante de dados econômicos, que tem como ponto alto o relatório oficial sobre o mercado de trabalhos dos EUA (payroll), na sexta-feira.

Na Europa, as atenções continuam voltadas para a Grécia. Os ministros das Finanças da zona do euro concordaram em liberar a próxima parcela do empréstimo referente ao ano passado ao país - de 12 bilhões de euros - mas adiaram, talvez para setembro, o estabelecimento de um segundo pacote de resgate financeiro. "Os europeus são lentos para tomar decisão e essa demora pode trazer mais volatilidade aos mercados", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, descartando, contudo, esse movimento para hoje.

Aqui no Brasil, o grande destaque é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que será divulgado na quinta-feira e que pode dar pistas sobre os próximos passos do Banco Central na condução da taxa básica de juros (Selic). Pela pesquisa Focus, divulgada nesta manhã, as previsões seguem em uma taxa de 12,50% para os juros básicos ao final deste ano - e mantidos neste nível ao longo do próximo. Já a estimativa para a inflação oficial no fim de 2012 caiu de 5,15% para 5,10% e oscilou em baixa, de 6,16% para 6,15%, em 2011.

Enquanto as preocupações inflacionárias minam a confiança dos investidores em ativos de risco, algumas ações devem reagir a notícias específicas. O Carrefour informou nesta manhã que seu Conselho de Administração aprovou o controverso plano proposto pela empresa brasileira de investimento Gama, pertencente ao BTG Pactual, para combinar seus ativos com os do Grupo Pão de Açúcar, o que agregaria valor à companhia francesa.

Mas o Casino, sócio do Pão de Açúcar, lembrou que o rival francês pode ser responsabilizado por se engajar em uma transação hostil com o parceiro brasileiro, apesar dos repetidos alertas. A varejista francesa anunciou ainda que abriu na última sexta-feira um segundo pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional (ICC) contra a família Diniz a fim de "garantir o respeito aos procedimentos estabelecidos pelo acordo de acionistas de 27 de novembro de 2006" na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD).

Outro papel que também depende de desfecho para seguir tendência na Bolsa é o da Brasil Foods. Os investidores aguardam o fim da votação da fusão entre Sadia e Perdigão, interrompida no início do mês passado. Hoje, os negociadores da empresa se reúnem mais uma vez no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em uma tentativa de alinhavar um acordo mais concreto, que viabilize a manutenção das marcas Sadia e Perdigão na BRF.

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