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BlackRock aposta em megatendências para expandir negócios de ETF

Empresa se concentra no que chama de “megatendências”, forças que mudarão a trajetória da economia global.

BlackRock: aposta em megatendências. (Brendan McDermid/Reuters)

BlackRock: aposta em megatendências. (Brendan McDermid/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 13 de junho de 2019 às 15h08.

BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, está entrando na arena de fundos temáticos negociados em bolsa.

A empresa está se concentrando na criação de ETFs baseados no que chama de “megatendências”. Essas forças “mudarão a trajetória da economia global, impulsionarão a inovação e redefinirão os modelos de negócios nas próximas décadas”, disse a BlackRock em nota antes de coletiva de imprensa em Nova York na quinta-feira.

As tendências são: avanço tecnológico, demografia e mudança social, rápida urbanização, mudança climática e escassez de recursos e riqueza global emergente. A BlackRock está criando dois fundos com base nesses temas: o iShares Cybersecurity and Tech ETF e o iShares Genomics Immunology and Healthcare ETF. Eles serão negociados como IHAK e IDNA, respectivamente.

A BlackRock, a maior emissora mundial de ETFs, está trabalhando para expandir suas ofertas de iShares para além de produtos indexados amplos, onde as taxas de administração estão sob pressão intensa. Com algumas de suas ofertas cobrando apenas US$ 0,30 por US$ 1.000 investidos, a empresa busca desenvolver fundos mais sofisticados que também podem cobrar taxas mais altas.

ETFs temáticos, que analisam as ações das indústrias em áreas como inteligência artificial ou carros elétricos, cresceram para quase US$ 47 bilhões nos EUA, de acordo com dados da Bloomberg Intelligence. Embora isso seja pouco em comparação aos cerca de US$ 3 trilhões em ETFs de ações, os ativos mais do que dobraram nos últimos dois anos. Esses fundos cobram uma média de US$ 6,50 por US$ 1.000 investidos, contra os US$ 4,90 cobrados pelos ETFs de ações.

A BlackRock deu um grande passo nesta arena há um ano, iniciando o iShares Robotics and Artificial Intelligence ETF, que negocia como IRBO. O fundo não ganhou muita força e gerencia apenas US$ 38 milhões.

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