Exame Logo

BC anuncia leilões diários no câmbio até o fim do ano

De acordo com a autoridade, serão ofertados em leilões de swap cambial tradicional 500 milhões de dólares por dia

Câmbio: Banco Central lançou um plano de intervenção diária no câmbio até dezembro de U$60 bilhões (REUTERS/Bruno Domingos)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 20h00.

São Paulo - O Banco Central decidiu nesta quinta-feira intervir diariamente no mercado de câmbio, com a injeção potencial de 60 bilhões de dólares no mercado até o final do ano, em meio a disparada da cotação da moeda norte-americana, na maior intervenção deste tipo desde o auge da crise internacional em 2008.

O objetivo, segundo o BC, é "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio".

A moeda norte-americana rompeu nesta semana o patamar de 2,45 reais e fechou esta quinta-feira com valorização acumulada desde maio de 21,51 por cento. A alta do dólar tem causado preocupação em relação à inflação e ao endividamento das empresas brasileiras.

De acordo com a autoridade monetária, de segunda a quinta-feiras, até o fim do ano, serão ofertados 500 milhões de dólares em leilões diários de swap cambial tradicional--equivalente a venda futura de dólares.

Já às sextas-feiras serão realizados leilões de linha -- venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra-- de até 1 bilhão de dólares.

"Isso mostra a firme determinação da autoridade monetária a não deixar que esse câmbio saia do lugar", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

O BC informou ainda que, caso seja necessário, serão aportados mais recursos além do inicialmente previstos nessas operações. De janeiro até agora, as intervenções do BC já somam 40 bilhões de dólares, segundo a assessoria da BC.

"Se julgar apropriado, o Banco Central do Brasil realizará operações adicionais", informou o BC em nota.

A medida foi bem recebida por economistas do mercado financeiro, que destacaram que o programa reduzirá a volatilidade no mercado, mas sustentaram que o viés do dólar é de alta em relação ao real.

Para o economista-chefe do INVX Global, Eduardo Velho, a medida mostra que o BC não quer utilizar a política monetária, elevando a taxa básica de juros, para conter a valorização do dólar no Brasil.

"O BC sinaliza com essa ação que ele não vai dar um choque monetário. Ele vai usar a política cambial para cobrir essa demanda", disse Velho.

Desde de outubro de 2008, o BC não adotava um programa de intervenção cambial tão grande. Na ocasião, auge da crise internacional, o BC fez um programa de injeção de 50 bilhões de dólares no mercado.

Veja também

São Paulo - O Banco Central decidiu nesta quinta-feira intervir diariamente no mercado de câmbio, com a injeção potencial de 60 bilhões de dólares no mercado até o final do ano, em meio a disparada da cotação da moeda norte-americana, na maior intervenção deste tipo desde o auge da crise internacional em 2008.

O objetivo, segundo o BC, é "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio".

A moeda norte-americana rompeu nesta semana o patamar de 2,45 reais e fechou esta quinta-feira com valorização acumulada desde maio de 21,51 por cento. A alta do dólar tem causado preocupação em relação à inflação e ao endividamento das empresas brasileiras.

De acordo com a autoridade monetária, de segunda a quinta-feiras, até o fim do ano, serão ofertados 500 milhões de dólares em leilões diários de swap cambial tradicional--equivalente a venda futura de dólares.

Já às sextas-feiras serão realizados leilões de linha -- venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra-- de até 1 bilhão de dólares.

"Isso mostra a firme determinação da autoridade monetária a não deixar que esse câmbio saia do lugar", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

O BC informou ainda que, caso seja necessário, serão aportados mais recursos além do inicialmente previstos nessas operações. De janeiro até agora, as intervenções do BC já somam 40 bilhões de dólares, segundo a assessoria da BC.

"Se julgar apropriado, o Banco Central do Brasil realizará operações adicionais", informou o BC em nota.

A medida foi bem recebida por economistas do mercado financeiro, que destacaram que o programa reduzirá a volatilidade no mercado, mas sustentaram que o viés do dólar é de alta em relação ao real.

Para o economista-chefe do INVX Global, Eduardo Velho, a medida mostra que o BC não quer utilizar a política monetária, elevando a taxa básica de juros, para conter a valorização do dólar no Brasil.

"O BC sinaliza com essa ação que ele não vai dar um choque monetário. Ele vai usar a política cambial para cobrir essa demanda", disse Velho.

Desde de outubro de 2008, o BC não adotava um programa de intervenção cambial tão grande. Na ocasião, auge da crise internacional, o BC fez um programa de injeção de 50 bilhões de dólares no mercado.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarMercado financeiroMoedasPolítica cambial

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame