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Ata do Copom ocupa foco local com Grécia no radar externo

Investidores também absorvem as decisões do Federal Reserve sobre a economia americana ontem

Presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, concede entrevista coletiva em Washington (Larry Downing/Reuters)

Presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, concede entrevista coletiva em Washington (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 07h55.

São Paulo - A quinta-feira no Brasil começa com a ata da última reunião do Copom sob o foco das atenções, enquanto o quadro externo ensaia a manutenção do viés positivo, com agentes ainda repercutindo as decisões do Federal Reserve na véspera, mas também atentos à retomada das negociações entre governo e credores privados sobre a troca da dívida na Grécia e a um leilão de títulos soberanos da Itália.

Em relatório divulgado após a decisão da semana passada, a equipe de economistas da Bradesco Asset Management, liderada pelo economista Fernando Honorato Barbosa, avaliou que o documento do Bacen "reconhecerá um balanço de riscos mais favorável para a inflação, mas manterá o alerta de riscos inflacionários adiante, como sinalizado nas projeções do último relatório de inflação."

Ainda na cena local, vale acompanhar as declarações que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dará em entrevista para jornalistas estrangeiros, e eventuais desdobramentos da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), ambos "eventos" previstos para a parte da tarde, conforme as agendas de Mantega e do presidente do BC, Alexandre Tombini.

No exterior, o negociador-chefe do Instituto para Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, voltará a Atenas nesta quinta-feira para continuar as discussões sobre a reestruturação da dívida grega. "O objetivo é fechar um acordo sobre todas as questões legais e técnicas pendentes tão breve quanto possível", disse o IIF em comunicado na quarta-feira.

Às 7h35, o MSCI para ações globais ganhava 0,64 por cento e para emergentes, 1,08 por cento. O índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,34 por cento, enquanto o futuro do norte-americano S&P 500 registrava variação negativa de 0,06 por cento - 0,80 ponto - antes de uma série de divulgações econômicas, incluindo os balanços de Caterpillar e Starbucks.

O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 1,18 por cento. Em Tóquio, o Nikkei fechou em baixa de 0,39 por cento. O índice da bolsa de Xangai segue fechado pelo feriado do Ano Novo Lunar na China. Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,14 por cento, a 1,3122 dólar, o que influenciava a queda de 0,29 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais.

Em relação ao iene, o dólar cedia 0,22 por cento, a 77,60 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent aumentava 0,65 por cento em Londres, a 110,52 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 0,39 por cento, a 99,79 dólares. Veja a agenda com os principais indicadores desta quinta-feira.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros na terça-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,7525 real, com variação positiva de 0,02 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subiu 0,16 por cento, para 62.486 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,63 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - Às 18h24 (horário de Brasília), o índice dos principais ADRs brasileiros subia 0,24 por cento, a 32.888 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2013 estava em 9,840 por cento ao ano, ante 9,860 por cento no ajuste anterior.

EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3024 dólar, ante 1,3028 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,612 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 1 ponto, para 211 pontos-básicos. O EMBI+ permanecia estável em 360 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones caía 0,32 por cento, a 12.669 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,13 por cento, a 1.314 pontos, e o Nasdaq ganhava 0,09 por cento, aos 2.786 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto fechou em queda de 0,63 dólar, ou 0,63 por cento, a 98,95 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,0564 por cento, frente a 2,508 por cento no fechamento anterior.

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