As 23 ações que empurraram a bolsa para a tendência de baixa

São Paulo – A renovação das preocupações com a crise da dívida europeia, que agora se transforma aos poucos em uma bancária na Espanha, foi implacável com a bolsa brasileira. Desde o pico de 68.394 pontos atingido em 13 de março, a queda já alcança 21%. A bolsa terminou aos 54.038 pontos na quinta-feira após uma baixa de 3,31%. A desvalorização da bolsa levou o o índice a entrar no chamado 'bear market' - tendência de desvalorização.

Algumas ações, contudo, têm sofrido muito mais. Seja pelos efeitos da crise na demanda e nas projeções para as atividades de alguns setores, pela debandada dos investidores estrangeiros, por um momento ruim do setor no qual atua, ou ainda por decisões do governo. Das 68 ações do índice Bovespa, 23 delas tiveram um desempenho pior que a bolsa no período. Os papéis, em conjunto, respondem por 47% do peso do índice.

Construção civil e imobiliárias

O setor imobiliário é o que mais aparece entre os fracassos do período. Os balanços desastrosos no primeiro trimestre justificam o desempenho. A maioria das empresas passa por um momento de transição com o redirecionamento do foco para empreendimentos de maior rentabilidade e execução mais fácil.

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“Os resultados das construtoras foram desanimadores, com contínuos estouros nos custos orçados e consumo de caixa acima do esperado. As imobiliárias também foram afetadas pelas tendências mais fracas de atividades, com uma alta base de custos fixos”, ressaltam os analistas Alexandre Gartner e Francisco Vanzolini. As ações da PDG , Rossi , Brookfield e Gafisa foram as piores do período. MRV e Cyrela também figuram na lista.

Financeiro

Os bancos sofreram com a intervenção do governo para baixar as taxas e os spreads bancários cobrados dos clientes. O mais afetado e o pioneiro nas medidas ao lado da Caixa Econômica Federal, não listada, foi o Banco do Brasil . Em um relatório publicado na quinta-feira sobre os mercados emergentes, o JP Morgan optou por remover a ação da empresa de sua lista de 3 Top Picks da bolsa brasileira.

“A avaliação da ação está bastante atrativa, mas por ser um banco do setor público, é o mais agressivo ao baixar as taxas e deve ter um nível mais elevado de empréstimos problemáticos no longo prazo, apesar do ganho em participação de mercado”, explica Emy Shayo, estrategista de mercado do JP Morgan. O privado Itaú e a sua controladora Itaúsa também figuram na lista dos perdedores do período.

Confira abaixo o restante da lista.

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São Paulo – A renovação das preocupações com a crise da dívida europeia, que agora se transforma aos poucos em uma bancária na Espanha, foi implacável com a bolsa brasileira. Desde o pico de 68.394 pontos atingido em 13 de março, a queda já alcança 21%. A bolsa terminou aos 54.038 pontos na quinta-feira após uma baixa de 3,31%. A desvalorização da bolsa levou o o índice a entrar no chamado 'bear market' - tendência de desvalorização.

Algumas ações, contudo, têm sofrido muito mais. Seja pelos efeitos da crise na demanda e nas projeções para as atividades de alguns setores, pela debandada dos investidores estrangeiros, por um momento ruim do setor no qual atua, ou ainda por decisões do governo. Das 68 ações do índice Bovespa, 23 delas tiveram um desempenho pior que a bolsa no período. Os papéis, em conjunto, respondem por 47% do peso do índice.

Construção civil e imobiliárias

O setor imobiliário é o que mais aparece entre os fracassos do período. Os balanços desastrosos no primeiro trimestre justificam o desempenho. A maioria das empresas passa por um momento de transição com o redirecionamento do foco para empreendimentos de maior rentabilidade e execução mais fácil.

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Financeiro

Os bancos sofreram com a intervenção do governo para baixar as taxas e os spreads bancários cobrados dos clientes. O mais afetado e o pioneiro nas medidas ao lado da Caixa Econômica Federal, não listada, foi o Banco do Brasil . Em um relatório publicado na quinta-feira sobre os mercados emergentes, o JP Morgan optou por remover a ação da empresa de sua lista de 3 Top Picks da bolsa brasileira.

“A avaliação da ação está bastante atrativa, mas por ser um banco do setor público, é o mais agressivo ao baixar as taxas e deve ter um nível mais elevado de empréstimos problemáticos no longo prazo, apesar do ganho em participação de mercado”, explica Emy Shayo, estrategista de mercado do JP Morgan. O privado Itaú e a sua controladora Itaúsa também figuram na lista dos perdedores do período.

Confira abaixo o restante da lista.

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