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Apesar de medida do BC, dólar sobe puxado por exterior

No Brasil, a moeda fechou em alta de 0,40% no mercado de balcão, cotada a R$ 2,2670, elevando o ganho acumulado no ano para 10,86%

As incertezas sobre a economia da China, um dos principais compradores globais de commodities, deram impulso ao dólar em todo o mundo, em detrimento de outras divisas (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 17h15.

São Paulo - Mesmo com mais uma medida do Banco Central (BC) para facilitar a entrada de dólares no país, a moeda norte-americana fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, 12, em sintonia com o movimento no exterior.

As incertezas sobre a economia da China, um dos principais compradores globais de commodities, deram impulso ao dólar em todo o mundo, em detrimento de outras divisas. No Brasil, a moeda fechou em alta de 0,40% no mercado de balcão, cotada a R$ 2,2670, elevando o ganho acumulado no ano para 10,86%.

Na mínima, a cotação atingiu 2,2620 (+0,18%) e, na máxima, marcou R$ 2,2710 (+0,58%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,280 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2760, em alta de 0,49%.

O dia começou em meio à expectativa de ajustes nos negócios, após o BC alterar, na noite passada, o requerimento de capital para exposição de bancos à variação cambial. Na prática, a mudança facilita a captação de recursos em subsidiárias de instituições financeiras no exterior e também a transferência do dinheiro à matriz no Brasil.

Com a captação facilitada, os bancos podem trazer recursos e repassá-los a outros agentes, irrigando o sistema. No horizonte do BC, está a necessidade de melhorar o fluxo de dólares para o país e, deste modo, conter a alta da moeda norte-americana, que ameaça a inflação.

Apesar da medida, o dólar à vista emplacou ganhos, com a China definindo o movimento. Na véspera, o ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei, disse em Washington que a China deve atingir a meta de crescimento deste ano, de 7,5%, mas que não seria "um grande problema" a economia do país avançar 7% ou 6,5%. Com isso, o dólar passou a subir de forma consistente em relação a diversas moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano.

"A moeda no Brasil acompanhou o mercado externo. Mas a gente até esperava uma depreciação do real (alta do dólar) mais reduzida, por conta do aumento de meio ponto da Selic (na quarta-feira) e também da nova medida do BC para atrair mais capital", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

À tarde, as declarações do presidente da regional da Filadélfia do banco central dos EUA, Charles Plosser, deram sustentação adicional para o dólar. Plosser, que não é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deveria começar a reduzir gradualmente as compras de ativos "muito em breve". Ele também disse ter esperança de que as compras de bônus sejam encerradas neste ano.

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São Paulo - Mesmo com mais uma medida do Banco Central (BC) para facilitar a entrada de dólares no país, a moeda norte-americana fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, 12, em sintonia com o movimento no exterior.

As incertezas sobre a economia da China, um dos principais compradores globais de commodities, deram impulso ao dólar em todo o mundo, em detrimento de outras divisas. No Brasil, a moeda fechou em alta de 0,40% no mercado de balcão, cotada a R$ 2,2670, elevando o ganho acumulado no ano para 10,86%.

Na mínima, a cotação atingiu 2,2620 (+0,18%) e, na máxima, marcou R$ 2,2710 (+0,58%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,280 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto valia R$ 2,2760, em alta de 0,49%.

O dia começou em meio à expectativa de ajustes nos negócios, após o BC alterar, na noite passada, o requerimento de capital para exposição de bancos à variação cambial. Na prática, a mudança facilita a captação de recursos em subsidiárias de instituições financeiras no exterior e também a transferência do dinheiro à matriz no Brasil.

Com a captação facilitada, os bancos podem trazer recursos e repassá-los a outros agentes, irrigando o sistema. No horizonte do BC, está a necessidade de melhorar o fluxo de dólares para o país e, deste modo, conter a alta da moeda norte-americana, que ameaça a inflação.

Apesar da medida, o dólar à vista emplacou ganhos, com a China definindo o movimento. Na véspera, o ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei, disse em Washington que a China deve atingir a meta de crescimento deste ano, de 7,5%, mas que não seria "um grande problema" a economia do país avançar 7% ou 6,5%. Com isso, o dólar passou a subir de forma consistente em relação a diversas moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano.

"A moeda no Brasil acompanhou o mercado externo. Mas a gente até esperava uma depreciação do real (alta do dólar) mais reduzida, por conta do aumento de meio ponto da Selic (na quarta-feira) e também da nova medida do BC para atrair mais capital", comentou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

À tarde, as declarações do presidente da regional da Filadélfia do banco central dos EUA, Charles Plosser, deram sustentação adicional para o dólar. Plosser, que não é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deveria começar a reduzir gradualmente as compras de ativos "muito em breve". Ele também disse ter esperança de que as compras de bônus sejam encerradas neste ano.

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