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Alta dos juros nos EUA gera risco para Brasil, diz Moody's

Segundo avaliação da Moody's, Brasil, Rússia, Turquia e a África do Sul são os mercados mais em risco pela elevação dos juros

A Moody's destaca que os ativos de alguns emergentes já embutem parte de uma elevação de juros nos EUA (Mike Segar/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 19h03.

Nova York - A elevação dos juros nos Estados Unidos, que pode ser anunciada nesta quinta-feira, 17, pelo Federal Reserve ( Fed , o banco central norte-americano), deve causar volatilidade nos países emergentes, mas o impacto deve variar.

Brasil, Rússia, Turquia e, em menor extensão, a África do Sul são os mercados mais em risco, de acordo com um avaliação da Moody's Investors Service publicada nesta quarta-feira, 16.

Estes quatro países têm mostrado "duros desafios" internos, que têm contribuído para gerar instabilidade no mercado financeiro doméstico e depreciação das moedas.

Com um cenário interno mais adverso, os governos desses países têm tido menos espaço para políticas que protejam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para absorver choques externos, destaca a análise da Moody's, assinada pelo vice-presidente sênior, Steven Hess, e pela analista de riscos soberanos Anne Van Praagh.

Pelo lado positivo, a Moody's destaca que alguns emergentes estão com volume elevado de reservas internacionais e conseguiram melhorar outros indicadores econômicos nos últimos anos.

Por isso, em certos países, uma combinação de colchões de proteção e vigilância alta dos governos tem a capacidade de limitar um eventual impacto negativo no crédito soberano.

A Moody's destaca que os ativos de alguns emergentes já embutem parte de uma elevação de juros nos EUA, sobretudo as moedas, que tiveram forte valorização desde o começo do ano.

Brasil, Turquia, Rússia, África do Sul, México e Indonésia foram os países que tiveram as maiores desvalorizações das moedas este ano, com uma queda média de 17%.

Os analistas da Moody's ressaltam, porém, que além da expectativa de elevação dos juros pelo Fed a queda das divisas de alguns países também foi afetada por fatores domésticos, como a situação política complicada no Brasil, e por preocupações com a desaceleração da China.

A elevação dos juros nos EUA pode influenciar os movimentos internacionais de capitais e provocar volatilidade no mercado financeiro, mesmo já sendo uma ação esperada e tendo sido parcialmente precificada nos ativos, afirma o documento.

A Moody's, porém, minimiza a possibilidade de reações abruptas e desordenadas no processo de realocação das carteiras dos agentes. Os riscos são baixos, de acordo com o relatório.

Para os países desenvolvidos, um aumento de 0,25 ponto nos juros dos EUA não deve ter maiores consequências, nem para as moedas nem para os juros, ressalta o relatório, destacando que a taxa maior nos EUA é uma evidência de "força" da economia norte-americana.

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Nova York - A elevação dos juros nos Estados Unidos, que pode ser anunciada nesta quinta-feira, 17, pelo Federal Reserve ( Fed , o banco central norte-americano), deve causar volatilidade nos países emergentes, mas o impacto deve variar.

Brasil, Rússia, Turquia e, em menor extensão, a África do Sul são os mercados mais em risco, de acordo com um avaliação da Moody's Investors Service publicada nesta quarta-feira, 16.

Estes quatro países têm mostrado "duros desafios" internos, que têm contribuído para gerar instabilidade no mercado financeiro doméstico e depreciação das moedas.

Com um cenário interno mais adverso, os governos desses países têm tido menos espaço para políticas que protejam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para absorver choques externos, destaca a análise da Moody's, assinada pelo vice-presidente sênior, Steven Hess, e pela analista de riscos soberanos Anne Van Praagh.

Pelo lado positivo, a Moody's destaca que alguns emergentes estão com volume elevado de reservas internacionais e conseguiram melhorar outros indicadores econômicos nos últimos anos.

Por isso, em certos países, uma combinação de colchões de proteção e vigilância alta dos governos tem a capacidade de limitar um eventual impacto negativo no crédito soberano.

A Moody's destaca que os ativos de alguns emergentes já embutem parte de uma elevação de juros nos EUA, sobretudo as moedas, que tiveram forte valorização desde o começo do ano.

Brasil, Turquia, Rússia, África do Sul, México e Indonésia foram os países que tiveram as maiores desvalorizações das moedas este ano, com uma queda média de 17%.

Os analistas da Moody's ressaltam, porém, que além da expectativa de elevação dos juros pelo Fed a queda das divisas de alguns países também foi afetada por fatores domésticos, como a situação política complicada no Brasil, e por preocupações com a desaceleração da China.

A elevação dos juros nos EUA pode influenciar os movimentos internacionais de capitais e provocar volatilidade no mercado financeiro, mesmo já sendo uma ação esperada e tendo sido parcialmente precificada nos ativos, afirma o documento.

A Moody's, porém, minimiza a possibilidade de reações abruptas e desordenadas no processo de realocação das carteiras dos agentes. Os riscos são baixos, de acordo com o relatório.

Para os países desenvolvidos, um aumento de 0,25 ponto nos juros dos EUA não deve ter maiores consequências, nem para as moedas nem para os juros, ressalta o relatório, destacando que a taxa maior nos EUA é uma evidência de "força" da economia norte-americana.

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