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Ações europeias têm leve alta antes de Fed e BCE

O índice das principais ações europeias, FTSEurofirst 300, sobe 0,26%, aos 1.066 pontos. Sessão é marcada por volatilidade

Índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Getty Images)

Índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 08h34.

Paris - As ações europeias tinham leve alta nesta quarta-feira, apoiadas por uma série de resultados corporativos melhores que o temido e antes das reuniões do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e do Banco Central Europeu (BCE), já que alguns esperam que resultarão em ações corajosas para ajudar a apoiar suas economias.

Às 8h16 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subia 0,26 por cento, para 1.066 pontos, numa sessão marcada pela volatilidade.

Comentários recentes de autoridades europeias, incluindo o presidente do BCE, Mario Draghi, aumentaram as expectativas de que o banco central irá anunciar medidas para diminuir os custos de empréstimo das endividadas Espanha e Itália em seu encontro de quinta-feira, disparando um forte rali de recuperação nas ações.

Mas o presidente do Bundesbank, banco central da Alemanha, Jens Weidmann, jogou água fria nas esperanças de uma ação corajosa, dizendo em entrevista no final de junho e publicada somente agora de que os governos superestimam as capacidades do banco central e colocam muitas demandas sobre ele.

A Alemanha também continua resistindo dar ao fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), uma licença bancária para que este possa tomar empréstimos do BCE para financiar compras de títulos governamentais.

"A credibilidade do Draghi está realmente em jogo desta vez, e o banco central precisa fazer medidas fortes", afirmou o chefe de negociações de vendas quantitativas do Global Equities, David Thebault.

Depois do fechamento do mercado europeu nesta quarta-feira, o Fed deve mostrar que está pronto para agir contra o enfraquecimento da economia norte-americana, mas deve evitar medidas agressivas como uma nova rodada de "quantitative easing", ou programa de compra de ativos, embora deixando a porta aberta para tais medidas.

Somando-se ao lado cauteloso desta sessão, dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o setor manufatureiro da zona do euro contraiu pelo 11o mês seguindo em julho, ao passo que a produção industrial e novas encomendas caíram, com o setor manufatureiro da Alemanha recuando no ritmo mais rápido em mais de três anos.

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