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Ações da Cetip têm forte queda com fim do período de lock-up

Os papéis são pressionados pelos acionistas que estavam impedidos de negociar por 180 dias

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2010 às 15h09.

São Paulo - As ações da Cetip (CTIP3) - empresa que opera o mercado de balcão - têm forte queda no pregão desta segunda-feira (26). Os papéis estão sendo pressionados por uma nova fonte de venda. Isso acontece porque, a partir de hoje, os acionistas da empresa que não podiam operar por conta do acordo de lock-up já podem efetuar negócios.

Esse tipo de contrato é firmado entre os coordenadores de uma venda de ações e alguns acionistas da empresa. A intenção é proibi-los de negociar por 180 dias depois do IPO. A estimativa da Cetip é que 40,14 milhões de papéis passem a circular no mercado. Em torno das 13h30, as ações da empresa caíam 3,5%, negociadas a 12,20 reais.

O número corresponde a 18% do total do capital da empresa, que está dividido em 223 milhões de ações. A venda só não é maior porque os grandes acionistas Advent, Itaú, Bradesco, além de outros, se comprometeram a não vender suas participações no curto-prazo.

Ainda assim, os analistas preveem que os papéis devem ser pressionados. Para os analistas do Barclays Henrique Caldeira e Roberto Attuch, a venda representa um volume de 70 dias de negócios, considerando que as ações giram, na média, 530 mil transações por dia.

"Acreditamos que isso pode resultar em uma pressão adicional a partir dos níveis atuais e ir contra a um fortalecimento no curto prazo", apontam os analistas em relatório publicado hoje. A Cetip vendeu ações na BM&FBovespa em 28 de outubro do ano passado. Os papéis foram vendidos a 13 reais.

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