São Paulo - Aqui está o que você precisa saber nesta segunda-feira:

1 Mercados: Bolsas sobem estimuladas por Bernanke. As bolsas na Europa e os índices futuros em Wall Street operam em alta após o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizar na última sexta-feira de que tem “ferramentas” para impulsionar a recuperação da maior economia do mundo. O ouro e o dólar se desvalorizam. O mercado de juros futuros reflete hoje as apostas sobre os rumos da política monetária. A expectativa é de que Guido Mantega, ministro da Fazenda, anuncie hoje novas medidas fiscais.

2 Focus: mercado reduz previsão de crescimento do Brasil. O mercado financeiro cortou sua previsão para o crescimento econômico brasileiro neste ano pela quarta semana seguida, para 3,79% ante 3,84% na semana anterior, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira. O prognóstico para o ano que vem também caiu, de 4% para 3,90%.

3 Guido Mantega deve anunciar medidas fiscais ainda hoje, diz jornal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia hoje medidas de contenção fiscal para dar suporte ao Orçamento de 2012, que será enviado na quarta-feira ao Congresso Nacional, informa reportagem do jornal Valor Econômico. O governo federal pretende se comprometer a produzir, para o próximo ano, um superávit primário "cheio" (sem descontar os gastos com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC) de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

4 Taxação de derivativos foi medida infeliz, diz Gustavo Franco. A taxação de derivativos cambiais foi uma medida “infeliz” disse Gustavo Franco, sócio da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central, em evento em Campos do Jordão, interior de São Paulo. “Eu acho legítimo usar medidas como o IOF, eu mesmo usei”, disse. “Mas querer aplicar IOF sobre aumento de posição vendida em derivativos é uma medida infeliz” disse. Segundo ele, o “populismo cambial” do ministro da Fazenda, Guido Mantega, prejudica as empresas exportadoras. Franco sugeriu “privatizar as reservas internacionais”.

5 Crise do Euro pode acabar em 2 ou 3 anos, prevê Regling. A Zona do Euro pode dar conta de sua crise nos próximos anos se os países da região colocarem suas contas em ordem, disse o chefe do fundo de resgate do bloco ao jornal Der Spiegel. Ele criticou os alemães de serem pessimistas demais sobre os prognósticos para a região. "Há uma boa razão para esperar que a crise esteja terminada em dois ou três anos", afirmou Klaus Regling, chefe do Fundo Europeu para a Estabilidade Financeira (EFSF, pela sigla em inglês).

6 Eike Batista promete mais três IPOs na Bovespa. O investidor Eike Batista disse no sábado que irá realizar mais três ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) na BM&FBovespa. Segundo Eike, as companhias que irão vender ações são: AUX (mineradora com ativos de ouro na Colômbia), CCX (mineradora de carvão também na Colômbia) e a REX (que investe no setor imobilário).

7 Camil Alimentos desiste de IPO na BM&FBovespa. A Camil Alimentos desistiu de vender ações na BM&FBovespa, mostra o site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa havia protocolado o pedido para o IPO em fevereiro deste ano. A companhia pretendia listar ações no Novo Mercado da Bovespa, com oferta primária e secundária. O Credit Suisse era o coordenador líder da operação, com o auxílio do Bradesco BBI e do Santander.

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8 Copersucar desiste de IPO em 2011 por condições de mercado. A Copersucar, cooperativa de usinas que responde por 10% das exportações mundiais de açúcar, não deve realizar sua oferta inicial de ações neste ano devido às condições de mercado, disse Luis Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração, em entrevista à Bloomberg. No começo deste mês, a Copersucar desistiu de fazer seu IPO de 1,7 bilhão de dólares, citando o ambiente econômico global.

9 Braskem aprova recompra de até 12,1 milhões de ações. O conselho de administração da Braskem aprovou a realização do terceiro programa de recompra de ações de sua emissão, para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação. Serão adquiridas até 12,1 milhões de ações preferenciais classe A. Atualmente, a companhia possui 301,7 milhões de papéis em circulação no mercado.

10 Cade autoriza Gol a usar aviões e horários da Webjet. A companhia aérea Gol deverá receber do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) o aval para usar imediatamente os slots da Webjet. O termo designa os horários e os espaços para pousos e decolagens. Em aeroportos como Congonhas e Guarulhos, os slots são disputadíssimos pelas empresas aéreas. O acordo com a Gol liberará a companhia para usar imediatamente também as aeronaves e a tripulação da Webjet.

Bônus I Eike Batista acredita na recuperação da bolsa brasileira. O presidente da EBX, Eike Batista, que possui cinco empresas listadas na BM&FBovespa, afirmou no sábado que espera uma recuperação da bolsa brasileira em breve. “Os estrangeiros, que são a maior parte, estão tirando (o dinheiro) porque estão tendo recolhimento dos seus fundos. Quando os investidores perceberem que o Brasil não parou de crescer, as ações voltarão a subir”, disse ele em evento realizado durante o 5º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais realizado em Campos do Jordão (SP).

Bônus II Brasil Ecodiesel adia decisão sobre incorporação da Vanguarda. A assembleia geral extraordinária da Brasil Ecodiesel, que seria realizada na sexta-feira para decidir a incorporação da Vanguarda Agropecuária, foi adiada for falta de quórum. Representantes de apenas 51,48% do capital da Brasil Ecodiesel compareceram à assembleia ante uma exigência legal de participação de 66,77% do capital. O capital da Brasil Ecodiesel é bastante pulverizado, com mais de 25 mil acionistas. Agora, uma nova convocação de acionistas será feita para uma nova assembleia no dia 6 de setembro às 15 horas. Nesta nova assembleia, a definição sobre a incorporação ou não da Vanguarda será feita independente do quórum obtido.

Bônus III BM&FBovespa quer dupla listagem com Bolsa de Shenzhen. Um acordo pleno de dupla listagem de empresas brasileiras e chinesas é um dos objetivos do memorando de entendimentos assinado nesta sexta-feira entre a BM&FBovespa e a Bolsa de Shenzhen, disse o presidente-executivo da bolsa paulista, Edemir Pinto. "Vamos ver as companhias de China e Brasil que quiserem dual listing", disse Edemir a jornalistas. "Mas este é um objetivo de longo prazo", acrescentou, explicando que há muitas diferenças regulatórias entre os dois países que precisam ser superadas.