A Amazon está atualizando seu assistente de voz Alexa, lançada em 2014, com inteligência artificial generativa e planeja cobrar uma taxa de assinatura mensal para compensar o custo da tecnologia, segundo informações da CNBC.

A gigante do varejo e da tecnologia lançará uma versão mais moderna da Alexa, que "conversa" mais, ainda este ano, até para se posicionar melhor num mercado bastante competitivo que já tem chatbots alimentados por IA generativa de empresas como Google e OpenAI. A nova assinatura para a Alexa não será incluída na oferta Prime e a Amazon ainda não definiu o preço, de acordo com o canal.

Embora a Amazon tenha impressionado os consumidores com as tarefas acionadas por voz da Alexa em 2014, seus recursos podem parecer ultrapassados hoje em meio aos recentes saltos da inteligência artificial.

Segundo a CNBC, o próprio dispositivo da Amazon enfrenta divisões na própria empresa. AAlexa era considerada "queridinha" do fundador Jeff Bezos. Porém, esse quadro mudou quando Andy Jassy assumiu o cargo de CEO em 2021.

Jassy foi encarregado de redimensionar os negócios da Amazon durante a pandemia, e a Alexa se tornou menos prioritária internamente. De acordo com a CNBC, Jassy não ficou impressionado com o que a Alexa é capaz de fazer. O executivo, um ávido fã de esportes, certa vez perguntou ao assistente de voz o placar ao vivo de um jogo recente e ficou  frustrado porque Alexa não sabia a resposta.

Membros dessa unidade de negócios disseram à CNBC que a sensação era de que a Alexa era uma grande ideia, "mas lançada de forma precoce" e que agora seria difícil "mudar o rumo do barco".

A equipe da Alexa agora tem a tarefa de transformá-la num dispositivo relevante que se sustente em meio à nova concorrência de IA e que justifique os recursos e o número de funcionários que a Amazon dedicou a ela. Segundo a emissora, essa divisão passou por uma grande reorganização, com grande parte do time sendo transferido para a equipe de inteligência artificial geral.

Em sua carta anual para acionistas, divulgada no mês passado, Jassy mencionou que a empresa estava criando um "número substancial de aplicativos GenAI em todos os negócios de consumo da Amazon", acrescentando que isso incluía "uma Alexa ainda mais inteligente e capaz".