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Projeto leva mamógrafos à população ribeirinha da Amazônia

Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé

Paciente faz exame de mamografia na campanha realizada em outubro no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé, em São Paulo (Sérgio Lopes)

Paciente faz exame de mamografia na campanha realizada em outubro no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé, em São Paulo (Sérgio Lopes)

Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. O ditado popular ilustra bem os esforços da organização Américas Amigas em tornar a mamografia um exame acessível a todas as brasileiras. Recentemente, a entidade adquiriu dois mamógrafos da GE Healthcare para serem doados aos navios da Marinha brasileira que atendem as populações ribeirinhas da região Norte.

A mamografia é a melhor prática para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Quando a doença é descoberta em seu estágio inicial, as chances de cura sobem para 95%. O Brasil dispõe de 1 500 mamógrafos na rede hospitalar do Sistema Único de Saúde, mas sua distribuição é irregular: 44% estão localizados no Sul e no Sudeste e mais da metade das cidades do país não conta com o equipamento. 

Na Amazônia, o atendimento nos navios que percorrem a região é feito por uma equipe formada por médicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos em radiologia. Mais de 25 000 consultas médicas e 765 mamografias foram realizadas em 2011.

“Sabemos da importância de incluir a mamografia como parte de uma rotina regular de exames na luta contra o câncer de mama”, diz Francisca Harley, presidente da Américas Amigas. “E conhecemos a realidade dessas mulheres, que muitas vezes precisam viajar por dois dias para conseguir agendar e realizar o exame.” A organização reúne voluntários brasileiros e norte-americanos no combate ao câncer de mama.

Mulheres de peito – Outra iniciativa voltada a levar a mamografia à população ocorreu em São Paulo durante o mês de outubro, como parte do evento Mulheres de Peito. Em parceria com a GE Healthcare, o Hospital de Câncer de Barretos instalou no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé um caminhão equipado com dois mamógrafos para o atendimento gratuito às interessadas. Os aparelhos tinham capacidade para fazer 80 exames por dia.

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, as taxas de mortalidade são elevadas, em torno de 42%, em função do diagnóstico tardio da doença. Por isso, alertam os especialistas, é importante a realização de campanhas que facilitem o acesso da população à mamografia.

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