O Brasil tem hoje 28 000 quilômetros de ferrovias para a movimentação de cargas (Divulgação / GE)
Desde que passou a ser operado pela iniciativa privada, em 1997, o setor brasileiro de transporte ferroviário de cargas apresentou um crescimento de 90%. Só no ano passado, foram movimentadas 481 milhões de toneladas. Este ano, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o desempenho do setor deve ser ainda melhor, totalizando 508 milhões de toneladas transportadas.
A malha ferroviária de transportes de carga operada pelas concessionárias privadas tem hoje 28 300 quilômetros – 23 000 deles em operação. No passado, o país chegou a ter mais de 34 000 quilômetros de ferrovias, mas crises econômicas e a falta de investimento fizeram com que parte da rede ficasse obsoleta e fosse abandonada.
Apesar do baixo crescimento da economia do país nos últimos anos, as concessionárias de ferrovias mantiveram um nível elevado de investimentos e injetaram mais de 4,9 bilhões de reais no sistema em 2012 – valor 6,6% superior ao aplicado no ano anterior.
Mais investimentos – Desde que o programa de concessões da malha ferroviária foi iniciado no Brasil, no fim dos anos 1990, os investimentos em novas tecnologias, capacitação profissional, compra e reforma de locomotivas e vagões, assim como a melhoria das operações ferroviárias, totalizaram 34,9 bilhões de reais. A previsão de investimentos das concessionárias até 2015 é de 16 bilhões de reais.
A expectativa é que o setor ganhe impulso com o Plano de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo federal em agosto de 2012 e que prevê, entre outras coisas, investimentos de quase 100 bilhões de reais na construção e na adequação de 11 000 quilômetros de ferrovias nas próximas três décadas. Ao todo, 13 malhas ferroviárias das cinco regiões do país serão contempladas pelo programa. O governo planeja leiloar os primeiros trechos ainda este ano.