BIBLIOTECAS EM NUVEM: acesso a obras sem download e a partir de qualquer dispositivo (IStockPhoto)
O Brasil precisa construir 128 000 bibliotecas até 2020 para cumprir a Lei 12.244, que determina a existência de uma biblioteca para cada escola pública e privada no país. Ao todo, elas devem conter ao menos um livro para cada aluno matriculado. Segundo o Movimento Todos pela Educação, na rede pública, apenas 19% das escolas municipais e 60% das estaduais contam hoje com esse espaço.
Diante do desafio de disseminar conhecimento de uma forma simples e flexível, algumas empresas vêm adotando as chamadas bibliotecas virtuais para manter os seus acervos sempre acessíveis e atualizados. Em geral, essas plataformas são criadas por meio de parcerias com editoras e empresas, que cedem seus acervos em PDF às instituições para que elas hospedem o conteúdo em um ambiente em nuvem. Com isso, os leitores podem acessar as obras de qualquer dispositivo com acesso à internet, sem a necessidade de download. A nuvem abre também possibilidades como começar a leitura de um livro no smartphone e terminá-la no tablet.
Algumas empresas, como a Nuvem de Livros, cobram uma assinatura mensal para disponibilizar as obras. Por meio desse tipo de ferramenta, os usuários podem acessar conteúdos interativos e fazer buscas por capítulo ou palavra-chave. Já nas escolas, os professores conseguem acompanhar os interesses dos alunos e saber quanto tempo dedicam em média à leitura.
Adotado por universidades como a de Boston e a de Miami, nos Estados Unidos, esse tipo de solução – considerada não só uma ferramenta pedagógica, mas uma alternativa aos que não têm espaço para estantes de livros em casa – sinaliza o que deve ser as bibliotecas do futuro.