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No Brasil, quase 90% dos consumidores preferem uma alimentação saudável; desde que tenha carne

Pesquisa da Sodexo mostra que os brasileiros se preocupam mais com alimentação do que franceses, americanos e ingleses; já quando se trata de abandonar o churrasco, acontece o oposto

Alimentação sustentável: no Brasil, 89% dos ouvidos consideram o tema urgente (Getty Images/Getty Images)
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 12h12.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 12h34.

O levantamento Food Barometer da multinacional francesa de serviços de alimentação, Sodexo , em parceria com o centro de pesquisas Harris Interactive, afirma que, para 90% dos brasileiros, o termo “alimentação sustentável” gera uma percepção positiva. Foram ouvidos quatro países (Estados Unidos, Reino Unido, França e Brasil). Por aqui, foram entrevistadas 1.525 pessoas.

No Brasil, 89% dos ouvidos consideram o tema urgente, acima da média dos outros países participantes da pesquisa. No mundo, em média, 79% das pessoas consideram importante adotar alternativas sustentáveis de alimentação .

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"O propósito é colocar o ecossistema em movimento para gerar mudanças comportamentais de consumo rumo à sustentabilidade e impactar o planeta, as pessoas, os clientes, consumidores e parceiros de negócios. Dados são essenciais para que possamos atuar de forma consistente e coerente quando se trata de sustentabilidade e a ideia é usar essas informações para acelerar mudanças reais", afirma Andrea Krewer, CEO daSodexono Brasil.

Comportamentos de consumo alimentar

De acordo com a pesquisa, os brasileiros disseram adotar opções de alimentação sustentável. Dentre eles, 76% reduziram o desperdício de alimentos nas suas casas, 60% compram alimentos de produtores e vendedores locais, alguns deles diminuíram o consumo de alimentos processados (49%), outros passaram a consumir produtos sustentáveis sempre que possível (48%) – além de evitar o uso de embalagens plásticas (46%).

Mas, ainda existe um abismo entre a intenção e a prática. Mundialmente, o consumo de proteína animal e de laticínios ainda é recorrente (comum para 56% das pessoas). Mas, no Brasil, 74% dos entrevistados dizem consumir regularmente a proteína – acima da média global de 71% – e 34% afirmam não ter a intenção de reduzir o consumo.

“O estudo nos mostra que quando questionados sobre as alternativas que podem introduzir em sua alimentação, os entrevistados responderam com produtos que já consomem. Para substituir a carne, por exemplo, mencionam ovos ou laticínios. Por outro lado, os dados revelam uma relutância em abraçar alternativas como proteínas vegetais ou com refeições à base de plantas ”, diz Andrea Krewer.

A demanda por produtos sustentáveis

Mas os brasileiros ainda se destacam na demanda por produtos sustentáveis. Na pesquisa, 70% esperam que os restaurantes disponibilizem alimentação sustentável, 70% querem alternativas sustentáveis em escolas e universidades e dentro do ambiente de trabalho (67%).

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