Iniciativa da bioeconomia movimenta R$ 1,6 milhão com produtos do extrativismo no Amazonas
Ação "Conexão Amazônia", realizada pelo Idesam com investimento de R$ 2,5 milhões da seguradora francesa CNP Assurances, beneficiou 319 famílias produtoras
Repórter de ESG
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 15h14.
Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 16h44.
A iniciativa "Conexão Amazônia", realizada pelo Idesam com investimento de R$ 2,5 milhões da seguradora francesa CNP Assurances, está transformando a realidade de comunidades extrativistas noAmazonas através do fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.
Em apenas seis meses de operação, o projeto já movimentouR$ 1,66 milhãocom a comercialização de 7,2 toneladas de produtos do extrativismo, beneficiando 319 famílias produtoras. A meta é superarR$ 2 milhõesem vendas até julho de 2025.
O programa atua em cinco associações comunitárias de diferentes municípios do Amazonas, com foco no extrativismo e beneficiamento de óleos vegetais, castanhas e produtos de movelaria. Um diferencial do projeto é a integração com a companhia comunitária Inatú Amazônia, que garante a compra antecipada da produção com melhores preços, reduzindo a dependência de intermediários.
Bioeconomia da Amazônia
"Além das práticas sustentáveis, busca-se como diferencial o protagonismo social das comunidades ", afirma Marcus Biazatti, líder de produção sustentável do Idesam. Segundo ele, o uso de tecnologias e aplicativos móveis nas atividades tem atraído especialmente os jovens.
O impacto positivo já é visível em comunidades como a Reserva Extrativista do Rio Ituxi, onde cerca de 140 famílias receberam capacitação técnica para extração de óleo de copaíba. "Buscamos fortalecer a produção e a defesa do território", destaca Laureni Flores, presidente da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (APADRIT).
O projeto também inclui uma vertente ambiental significativa: o plantio de mais de 5 mil árvores para restauração de áreas impactadas nas comunidades. Em fevereiro de 2025, está previsto o plantio de mais de 12 mil árvores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã.