ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Covid-19 interrompeu esforços para proteger a natureza, alertam especialistas

Relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza mostra que ações para proteção de áreas naturais foram reduzidas ou canceladas em todos os continentes, especialmente na África

Preservação ambiental foi impactada pela pandemia, segundo a UICN (Florian Gaertner / Photothek/Getty Images)

Preservação ambiental foi impactada pela pandemia, segundo a UICN (Florian Gaertner / Photothek/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 11 de março de 2021 às 12h29.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 13h53.

A covid-19 não ameaça apenas a saúde humana: a pandemia interrompeu os esforços de proteção da natureza no mundo, especialmente na África - alertou a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), nesta quinta-feira (11).

Conheça o novo curso de ESG da Exame Academy

As áreas protegidas tiveram de limitar, ou interromper, temporariamente suas atividades: algumas suspenderam as patrulhas contra a caça furtiva, suas atividades de proteção e de educação, ou cortaram empregos, devido à queda do turismo, segundo a UICN, uma das ONGs mais importantes em nível mundial sobre preservação da biodiversidade.

Seu artigo, publicado em sua revista Parks, baseia-se em dez pesquisas on-line realizadas em 90 países de todos os continentes, exceto a Antártica.

Concretamente, mais da metade das áreas protegidas da África cancelou, ou reduziu, as patrulhas e operações contra a caça furtiva, assim como suas atividades educativas e de divulgação. Na Ásia, essas medidas afetaram 25% das áreas protegidas.

Na América do Norte e do Sul, na Europa e Oceania, a maioria conseguiu manter suas atividades principais, apesar dos confinamentos e da perda de renda procedente do turismo, segundo a UICN.

"Houve um aumento da caça furtiva em outro nível", especialmente para comer, diz Adrian Philips, editor desta edição especial da revista Parks.

"Os guardas florestais foram confinados, ou perderam seu trabalho (...). Comunidades pobres, que dependiam do turismo, se deram conta de que não podiam sobreviver sem esta caça", acrescentou.

- Precariedade dos guardas florestais -
Uma pesquisa realizada em mais de 60 países mostrou que 25% dos guardas florestais lidaram com uma redução, ou com o atraso de seus salários, e que 20% perderam o emprego, devido às demissões geradas pela covid-19. Esta situação afeta especialmente a América Central e Caribe, América do Sul, África e Ásia.

Na América do Norte e na região do Mediterrâneo, surgiram outros problemas: a ausência de turistas beneficiou a natureza em lugares geralmente muito frequentados, mas, em alguns casos, os animais se aproximaram das áreas habitadas, gerando novos desafios.

No Mediterrâneo, algumas reservas sofreram uma avalanche de visitas no fim dos confinamentos, devido a um aumento do turismo nacional.

"Não podemos permitir que a crise atual comprometa ainda mais o nosso meio ambiente", declarou Rachel Golden Kroner, da ONG Conservation International, citada no comunicado.

"A ciência nos mostra claramente que devemos agir com urgência para preservar melhor" a natureza e os espaços protegidos, considerados como "um dos nossos melhores aliados contra a emergência de novas pandemias", disse Mariana Napolitano Ferreira, da WWF Brasil.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambiente

Mais de ESG

Vivo amplia investimento em equidade racial com apoio a festival

Queimadas: alta de 54% antecipa período crítico, alerta pesquisa

Amazônia Legal: estudo mostra de onde parte a pressão pelo desmatamento

Oito em cada dez quilombolas vivem com saneamento básico precário ou sem acesso

Mais na Exame