COP29: Reino Unido, Colômbia e Nova Zelândia aderem à coalizão para eliminar os combustíveis fósseis
O grupo liderado pela Holanda foi lançado na COP26 e passa a contar com a participação de 16 países; Em Baku, anunciaram o compromisso de irem para a próxima COP30 no Brasil com um plano
Repórter de ESG
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 13h04.
Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 13h05.
Enquanto a Conferência do Clima da ONU (COP29) em Baku levanta uma série de controvérsias por estar lotada de lobistas e contar com apresença recorde de pelo menos 1.773 representantes da indústria petroleira, um sinal positivo rumo à transição energética foi dado nesta terça-feira (19) por alguns países.
A iniciativa, lançada em 2021 durante aCOP26 de Glasgowe liderada pela Holanda, já conta com a participação da Áustria, governo federal de Antígua e Barbuda, Bélgica, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Suíça.
Com a entrada, o grupo passa a contar com 16 membros e se comprometeu a ir para apróxima COP30em Belém com um plano nacional para eliminar gradualmente ossubsídios ineficientes aos combustíveis fósseis.
Seu objetivo é atuar em conjunto com governos para remover barreiras e facilitar a transparência quanto ao uso destas fontes de energia altamente poluentes ao planeta e ambiente. Embora o Brasil tenha grande potencial para liderarsoluções em energias renováveis, o país não faz parte da coalizão e tem gerado incógnitas em relação ao seu posicionamento deexploração de petróleo.
Rebecca Newsom, Conselheira Política Sênior do Greenpeace UK, disse em comunicado que a decisão do Reino Unido de se juntar a coalizão é outra indicação de que "a diplomacia climática britânica está finalmente saindo de seu sono após vários anos adormecidos sob os conservadores" e que considerando que líderes do G7 e do G20 assinaram repetidamente declarações ao longo de muitos anos para resolver o problema, "agora é a hora de uma ação real".
Segundo ela, estes subsídios que iriam para a produção dos combustíveis fósseis valem bilhões e os impostos sobre estas indústrias petroleiras deveriam ser redirecionados para o financiamento climático voltado aos países em desenvolvimento -- tema central desta COP no Azerbaijão. "É hora de fazer com que os poluidores paguem pelos danos climáticos que causaram", disse.