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Bolha? Preços de ações de energia limpa não refletem lucros (ou perdas)

No entanto, a tendência lembra outra era de avanço tecnológico vertiginoso: a bolha da Internet

Energia: por trás dos altos valores de fabricantes de veículos elétricos e baterias, há uma realidade preocupante: empresas com prejuízo (Getty Images/Getty Images)

Karla Mamona

Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 07h45.

Investidores otimistas com a transição verde impulsionaram ações de energia limpa para níveis recordes. Mas, por trás dos altos valores de fabricantes de veículos elétricos e baterias, há uma realidade preocupante: empresas com prejuízo.

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O índice Wildherhill Clean Energy, que segue o setor de energia limpa, deu um salto de mais de 300%, para 1,3 trilhão de dólares no último ano. As 56 empresas do índice registraram perdas líquidas combinadas de 6,4 milhões de dólares nos 12 meses encerrados em setembro de 2020, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Mesmo as 10 empresas com menor receita têm um valor de mercado combinado de cerca de 22 bilhões de dólares. Quatro delas -- Lordstown Motors, Lithium Americas, Fisker e Ayro -- não registram receita nos últimos anos.

Certamente, receita não é o único indicador da viabilidade de uma empresa, e os otimistas diriam que esses valores refletem não os fundamentos atuais de uma empresa, mas quanto ela pode ganhar com a iniciativa climática do novo presidente dos EUA, Joe Biden.

No entanto a tendência lembra outra era de avanço tecnológico vertiginoso: a bolha da Internet, quando dezenas de empresas sobrevalorizadas com pouco ou nenhum lucro foram à falência, deixando investidores comuns a ver navios.

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