ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Azerbaijão, ligado à Opep, avança para sediar a próxima COP

A candidatura de Baku, a capital, precisa de aprovação formal dos países negociadores da COP28; nos bastidores da conferência, fala-se que a votação será apenas uma formalidade

COP29: Azerbaijão será mais um produtor de petróleo a receber a conferência do clima da ONU (AFP/AFP)

COP29: Azerbaijão será mais um produtor de petróleo a receber a conferência do clima da ONU (AFP/AFP)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 11h16.

O Azerbaijão está muito perto de ser a sede da COP29, em 2024. A indicação do país, anunciada neste sábado, 9, aconteceu graças ao apoio de parte da Europa de Leste. Os países do grupo regional atuaram para desbloquear o impasse geopolítico criado em torno da decisão. Se o martelo for batido, a cidade-sede da próxima conferência será a capital, Baku.

A candidatura de Baku ainda precisa da aprovação formal dos quase 200 países que fazem parte das negociações da COP28. No entanto, fala-se nos bastidores da conferência que a votação será apenas uma formalidade.

"Estamos muito gratos a todos os países, em particular ao grupo da Europa de Leste e aos Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, pelo seu apoio", disse o ministro da Ecologia do Azerbaijão, Mukhtar Babayev, durante a COP28.

Os impasses sobre a próxima sede da conferência do clima começaram quando a Rússia declarou formalmente que vetaria qualquer candidatura de um país da União Europeia, o que adiou a decisão, anunciada na reta final da COP28. A reação de Vladimir Putin tem a ver com as sanções impostas pelo bloco como reação à invasão da Ucrânia.

O papel do petróleo na COP Assim como os Emirados Árabes Unidos, o Azerbaijão é um produtor de petróleo e gás e membro da OPEP+.

A Opep+, a qual o Brasil se juntará em 2024, é grupo expandido que agrega os 13 integrantes da Opep e mais dez países. O mais relevante para o mercado de petróleo é a Rússia. Apesar de colaborarem com a organização, essas nações não têm direito a voto.

Os Emirados Árabes Unidos, membro permanente da OPEP, foi muito criticado por nomear Sultan al-Jaber, chefe da empresa petrolífera estatal ADNOC, como presidente da COP28 deste ano. A escolha gerou preocupação entre parte dos delegados quanto a uma possível influência dos interesses da indústria petroleira nas negociações sobre o clima.

Com a definição do Azerbaijão e o Brasil já confirmado para a COP30, serão três anos seguidos com a conferência do clima sediada em um país com relações com a Opep. A COP30 vai acontecer em Belém, em 2025.

Tempo joga contra

Diferente de COPs anteriores, em que o anúncio da sede é feito com anos de antecedência, desta vez a confirmação deve acontecer sem que haja muito tempo para o país se preparar para a maior conferência mundial do clima.

Representantes do Azerbaijão, no entanto, garantem que o país está em condições de sediar o encontro de 2024. E é preciso estar muito preparado. Neste ano, por exemplo, A COP28 teve o maior número de inscritos da história, com cerca de 110.000 delegados.

Quem preside uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), como a COP, tem grande influência sobre a agenda pautada e os resultados, daí uma das importâncias de ser a sede de um evento como a conferência internacional do clima.

O Azerbaijão enfrentou resistência de alguns países do Ocidente quando, em setembro, retomou o controle total da região separatista de Nagorno-Karabakh. A ação desencadeou um êxodo quase total da população de etnia armênia do território.

Acompanhe tudo sobre:COP28Exame na COP28AzerbaijãoBrasilONURússiaOpep

Mais de ESG

Amazônia não deve ser vista como negócio, defende líder indígena

"Além de enfrentar as crises, precisamos reflorestar as mentes e a consciência", diz Sonia Guajajara

Estudo alerta que ondas de calor podem ficar piores do que o previsto

"COP30 é momento decisivo para Brasil protagonizar ações reais", diz Ana Toni