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Acessibilidade digital é realidade em apenas 1% dos sites, diz pesquisa

Levantamento da Hand Talk, startup que usa tecnologia para incluir pessoas com deficiência, mostra que mercado ainda ignora os 8 milhões de brasileiros com deficiência

Hand Talk: Menos de 1% dos sites no Brasil são inclusivos para pessoas com deficiência (Edwin Tan/Getty Images)

Hand Talk: Menos de 1% dos sites no Brasil são inclusivos para pessoas com deficiência (Edwin Tan/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 2 de abril de 2024 às 07h00.

Apesar da discussão sobre responsabilidade social já ser uma prioridade para 79% das empresas, a acessibilidade digital ainda é desconhecida por mais da metade delas. As informações são do Panorama da Acessibilidade Digital da Hand Talk, startup que utiliza inteligência artificial para garantir que a internet se torne mais acolhedora para pessoas com deficiência.

A pesquisa aponta que, no Brasil, são mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, quase 8% de toda a população. Os altos números, no entanto, não combinam com os dados de que apenas 21% das pessoas com deficiência acreditam que os sites e aplicativos contemplam suas necessidades de navegação e incluem suas deficiências.

Pessoas com deficiências visuais representam quase metade dos que acreditam que os sites não são inclusivos. Itens como tradução para Libras, layout adaptado e atendimento online durante todo o dia são as necessidades mais comuns entre as pessoas com deficiência.

A pesquisa informa que 61% das empresas não realizam cursos sobre as iniciativas de acessibilidade digital de PCDs e que só 42% possuem um profissional especialista em diversidade e inclusão na organização. Isso explica o dado de que apenas 65% das empresas incorporam o que é mandado na Lei Brasileira de Inclusão.

Apesar da discussão sobre diversidade ter crescido nos últimos anos, as políticas internas e externas ainda não são uma realidade para todas as empresas: 30% das companhias ouvidas afirmaram se preocupar com a inclusão dos funcionários e menos de um quinto delas afirmou cuidar quando se trata dos consumidores.

Atualmente, menos de 1% dos sites no Brasil contam com serviços de acessibilidade focados em pessoas com deficiência. Segundo a pesquisa, isso mostra um abismo entre o conhecimento, a conscientização e a prática. “Por mais que muitas pessoas estejam aprendendo sobre o assunto, pouco é implementado e de fato modificado na web”, conta.

A Hand Talk, que realizou a pesquisa, é uma das ferramentas que ajuda a traduzir textos para a Língua Brasileira de Sinais, a Libras, tornando os sites mais acessíveis para pessoas com deficiências auditivas, entre outras inovações. A pesquisa aponta ainda que o andamento de tecnologias parecidas, que possam ajudar PCDs a navegar pela internet, anda a passos curtos — e a melhora ainda está longe de ser vista.

Para o CEO da Hand Talk, Ronaldo Tenório, o interesse em ações de inclusão existe, mas faltam políticas concretas para PCDs. “É necessário educar as organizações sobre a relação entre o pilar social e estratégias de D&I, além de afinar a discussão para uma internet em que todas as pessoas consigam acessar sem barreiras de comunicação e interação”, conta.

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