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Estratégias para a diversidade e inclusão de profissionais negros em empresas brasileiras

Consultorias propõem soluções precisas aos clientes em temas de diversidade, equidade e inclusão

A diversidade está além da pauta, baseada nos valores da empresa. (Angelina Bambina/Getty Images)
EB

Esfera Brasil

Publicado em 23 de junho de 2022 às 09h00.

Desenvolver pontos de conexão entre as necessidades dos negócios e das pessoas que compõem empresas e sociedade. Desenhar uma estratégia de diversidade, que gere valor tangível para o negócio e alimente a cultura inclusiva, além de originar acessos justos para os colaboradores. Estas são algumas das ações decorrentes do processo pós-contratação de pessoas negras entre empresas e consultorias especializadas em diversidade.

Consultorias têm trazido ao mercado brasileiro propostas inovadoras, desenvolvendo projetos de diversidade, equidade e inclusão, de maneira expressiva. A Singuê, que significa “aquilo que nos entrelaça”, na língua africana Bantô, é uma delas.

Segundo Talita Matos, sócia-fundadora da empresa ao lado de Eliezer Leal, é necessário produzir diagnósticos sofisticados que revelem essas conexões, para que a estratégia de Desenvolvimento & Inclusão (D&I) entrelace o interesse da empresa e seus investidores em ter a melhor gestão e reputação, a necessidade de o RH atrair os melhores talentos e o desejo de todas as pessoas poderem ser quem são no ambiente de trabalho.

“Essa deve ser a maior entrega quando é proposto o desenho da estratégia de diversidade, equidade e inclusão das empresas. Um plano criado em conjunto com diretores, RH e grupos de afinidade, com visão de longo prazo, conectado com os valores e objetivos do negócio. A partir disso, a organização está pronta para o planejamento tático e operacional de suas ações”, afirma Talita.

Além da estratégia, é preciso fazer programas voltados ao desenvolvimento de carreiras, especialmente de profissionais negros. As ações devem levar em conta as necessidades de desenvolvimento das pessoas negras com uma nova e potente visão sobre o que é ser negro no Brasil e transformar o repertório ancestral da imagem da escassez e sofrimento para uma ancestralidade de reis e rainhas, grandes intelectuais e empreendedores.

Entrelaçar posicionamento de carreira, imagem pessoal, liderança inspiracional com a história de resistência dos antepassados e, ao mesmo tempo, oferecer as melhores ferramentas do mercado de desenvolvimento humano é o caldo que deve ser entregue e que nutre os profissionais que passam pelos programas da consultoria.

Segundo Talita, é cada vez mais urgente tratar temas sensíveis à sociedade brasileira. “Falar sobre diversidade no Brasil é falar sobre assuntos complexos. E mais do que falar, hoje é preciso ter projetos consistentes que mudem de fato os ponteiros dos desafios que enfrentamos. A abordagem deve ser contextualizada em cada cultura, em cada contexto corporativo”, destaca.

Entrelaçar todas essas necessidades é a única forma de construir resultados sustentáveis em diversidade, equidade e inclusão. Só assim será possível obter o patrocínio da alta liderança e o engajamento do público interno. Só assim as ações terão consistência e legitimidade.

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