Economia

Vinte empresas concentram 40% dos investimentos industriais

O porte e a vocação exportadora influenciam cada vez mais a capacidade de investimento das empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Baseado em dados de 2002 referentes a 36 mil indústrias, o IBGE constatou que as 20 maiores responderam por 20 bilhões de reais em desembolsos (40% do total), com média […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

O porte e a vocação exportadora influenciam cada vez mais a capacidade de investimento das empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Baseado em dados de 2002 referentes a 36 mil indústrias, o IBGE constatou que as 20 maiores responderam por 20 bilhões de reais em desembolsos (40% do total), com média de 1 bilhão por empresa. Em 1996, o IBGE analisou 33 mil empresas e concluiu que as 20 maiores concentravam 37% dos investimentos, ou 10 bilhões de reais - uma média de 500 milhões para cada uma.

Outro dado importante, conforme o instituto, é o perfil exportador das indústrias que concentraram os investimentos. Tanto em 1996, quanto em 2002, 19 das 20 empresas que mais investiram eram exportadoras. Além disso, sua participação no total das vendas ao exterior da amostra passou de 15% para 18%. Os dados constam na Pesquisa Industrial Anual de Empresas, apresentada nesta quarta-feira (30/6) pelo IBGE.

A concentração também foi detectada em termos setoriais. Segundo a pequisa, sete setores concentravam 73% dos investimentos industriais em 2002, enquanto, em 1996, a porcentagem era de 72%. No ano retrasado, os investimentos industriais no Brasil chegaram a 50 bilhões de reais, quase o dobro do total (26 bilhões) registrado em 1996.

Os setores líderes foram em 2002:refino de petróleo e álcool (18% das inversões de 2002), alimentos e bebidas (13,8%), montagem de veículos automotores (9,6%), produtos químicos (9,6%), celulose e papel (8,6%), metalurgia básica (7,2%), e extração de minerais metálicos (6,4%). Em relação a 1996, a única modificação foi a entrada do segmento de extração de minerais metálicos (setor voltado para a exportação) e a saída do segmento de minerais não metálicos (voltado para o mercado interno).

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