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Vendas no varejo encolhem 3,2% em agosto, diz Mastercard

O destaque positivo da pesquisa foi o e-commerce, que registrou 11% de crescimento em relação a agosto de 2015

Varejo: "a inflação continua a apresentar um quadro preocupante, mas deve diminuir até o final do ano", afirma diretor de pesquisa econômica (Patrick T. Fallon/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 18h30.

São Paulo - As vendas no comércio varejista brasileiro tiveram queda de 3,2% em agosto ante o mesmo mês de 2015, de acordo com o relatório MasterCard SpendingPulse. A queda média dos últimos três meses foi de 3,9%, uma marca ligeiramente menos negativa que a queda de 4,5% do segundo trimestre do ano.

O destaque positivo da pesquisa foi o e-commerce, que registrou 11% de crescimento em relação a agosto de 2015, considerada a maior alta anual desde setembro de 2015.

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Dentro do e-commerce, os setores de móveis e vestuário tiveram resultado positivo. Fora do e-commerce, dos sete setores analisados, supermercados, materiais de construção, artigos pessoais e de uso doméstico e produtos farmacêuticos superaram as vendas totais. Enquanto isso, vestuário, combustíveis e móveis e eletrônicos ficaram atrás do desempenho das vendas totais.

"A inflação continua a apresentar um quadro preocupante, mas deve diminuir até o final do ano", afirma Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da Mastercard Advisors, em nota. "Ainda assim, os ventos contrários direcionados aos gastos do consumidor brasileiro são muitos. Desse modo, o panorama continua pouco otimista no curto prazo."

Na divisão geográfica, houve queda em agosto nas regiões Norte (-1,0%), Sul (-0,7%) e Nordeste (-0,3%), que ficaram atrás da média nacional. Já o Sudeste e o Centro-Oeste superaram o resto do País em crescimento ano sobre ano, registrando 1,4% e 3,3%, respectivamente.

O SpendingPulse é um indicador macroeconômico que informa sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo. O relatório é baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos MasterCard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.

Segundo a empresas, o indicador e as previsões de tendências de gastos não refletem ou se relacionam com o desempenho operacional e financeiro da companhia.

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