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Vendas de veículos novos caem pela primeira vez em 10 anos

Aumento dos juros ajudou a frear vendas, que caíram 0,91%

Carros novos: vendas caíram pela primeira vez em 10 anos (Getty Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 13h40.

São Paulo - As vendas de veículos novos no Brasil, que incluem carros , comerciais leves, ônibus e caminhões, caíram 0,91 por cento em 2013 sobre 2012, a 3,767 milhões de unidades, no primeiro resultado negativo em 10 anos, informou nesta sexta-feira a associação que representa as concessionárias, Fenabrave.

Em dezembro somente, as vendas recuaram 1,51 por cento sobre igual mês de 2012. Em relação a novembro, houve avanço de 16,81 por cento, a 353,86 mil unidades.

O resultado veio abaixo das estimativas da entidade, que começou 2013 prevendo um crescimento de 3,48 por cento para as vendas gerais de veículos, abaixo do avanço de 4,65 por cento mostrado no ano anterior. . Fatores como a elevação dos juros e diminuição das expectativas para o aumento do PIB fizeram a Fenabrave ajustar a previsão de alta anual para 1,53 por cento em agosto.

Para 2014, a associação prevê que a venda de carros e comerciais leves, apenas, fique estável ou caia 3,5 por cento, caso o ambiente seja de maior volatilidade no câmbio e na inflação.

Reconhecendo que o crescimento de vendas nessa categoria não repetirá o ritmo do passado, a sócia-diretora da MB Associados, Tereza Fernandez, afirmou que o patamar de vendas de 6 milhões de carros em 2017 levantado por algumas fontes da indústria "era um sonho".

A economista da consultoria responsável pelo levantamento acrescentou que as vendas de carros e comerciais leves deve crescer a uma taxa média de 3 por cento ao ano na próxima década, ante avanço médio de 10 por cento ao ano nos últimos 10 anos.

Já para o desempenho dos caminhões em 2014, a expectativa da Fenabrave é de um aumento de 2 por cento num cenário mais negativo, ou avanço de 6,4 por cento num cenário mais positivo.

NO VERMELHO Mesmo com a prorrogação do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o fim de dezembro dando apelo extra ao consumo nos últimos meses do ano, o segmento de carros e comerciais leves, isoladamente, viu as vendas caírem 1,61 por cento em 2013, a 3,575 milhões de unidades.

Por outro lado, a comercialização de caminhões e ônibus novos ajudou a diminuir a queda no resultado geral. Enquanto as vendas de caminhões subiram 13,02 por cento em 2013, a 155,7 mil unidades, as de ônibus cresceram 20,58 por cento, somando 35,6 mil unidades.

A Fiat encerrou o ano na liderança do mercado de carros e comerciais leves. No acumulado de 2013, foram 762,95 mil veículos vendidos pela montadora italiana, apontou a Fenabrave, correspondentes a uma fatia de 21,34 por cento do mercado.

A Volkswagen apareceu atrás, com participação de 18,64 por cento e vendas de 666,7 mil unidades. Em terceiro lugar, ficou a norte-americana General Motors, com fatia de 18,17 por cento, e 649,73 mil veículos vendidos.

A Ford terminou o ano com participação de 9,37 por cento e vendas de 335,02 mil unidades. A empresa foi seguida pela Renault, com fatia de 6,61 por cento e 236,34 mil licenciamentos, e pela Hyundai, com 5,95 por cento do mercado e vendas de 212,9 mil unidades.

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São Paulo - As vendas de veículos novos no Brasil, que incluem carros , comerciais leves, ônibus e caminhões, caíram 0,91 por cento em 2013 sobre 2012, a 3,767 milhões de unidades, no primeiro resultado negativo em 10 anos, informou nesta sexta-feira a associação que representa as concessionárias, Fenabrave.

Em dezembro somente, as vendas recuaram 1,51 por cento sobre igual mês de 2012. Em relação a novembro, houve avanço de 16,81 por cento, a 353,86 mil unidades.

O resultado veio abaixo das estimativas da entidade, que começou 2013 prevendo um crescimento de 3,48 por cento para as vendas gerais de veículos, abaixo do avanço de 4,65 por cento mostrado no ano anterior. . Fatores como a elevação dos juros e diminuição das expectativas para o aumento do PIB fizeram a Fenabrave ajustar a previsão de alta anual para 1,53 por cento em agosto.

Para 2014, a associação prevê que a venda de carros e comerciais leves, apenas, fique estável ou caia 3,5 por cento, caso o ambiente seja de maior volatilidade no câmbio e na inflação.

Reconhecendo que o crescimento de vendas nessa categoria não repetirá o ritmo do passado, a sócia-diretora da MB Associados, Tereza Fernandez, afirmou que o patamar de vendas de 6 milhões de carros em 2017 levantado por algumas fontes da indústria "era um sonho".

A economista da consultoria responsável pelo levantamento acrescentou que as vendas de carros e comerciais leves deve crescer a uma taxa média de 3 por cento ao ano na próxima década, ante avanço médio de 10 por cento ao ano nos últimos 10 anos.

Já para o desempenho dos caminhões em 2014, a expectativa da Fenabrave é de um aumento de 2 por cento num cenário mais negativo, ou avanço de 6,4 por cento num cenário mais positivo.

NO VERMELHO Mesmo com a prorrogação do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o fim de dezembro dando apelo extra ao consumo nos últimos meses do ano, o segmento de carros e comerciais leves, isoladamente, viu as vendas caírem 1,61 por cento em 2013, a 3,575 milhões de unidades.

Por outro lado, a comercialização de caminhões e ônibus novos ajudou a diminuir a queda no resultado geral. Enquanto as vendas de caminhões subiram 13,02 por cento em 2013, a 155,7 mil unidades, as de ônibus cresceram 20,58 por cento, somando 35,6 mil unidades.

A Fiat encerrou o ano na liderança do mercado de carros e comerciais leves. No acumulado de 2013, foram 762,95 mil veículos vendidos pela montadora italiana, apontou a Fenabrave, correspondentes a uma fatia de 21,34 por cento do mercado.

A Volkswagen apareceu atrás, com participação de 18,64 por cento e vendas de 666,7 mil unidades. Em terceiro lugar, ficou a norte-americana General Motors, com fatia de 18,17 por cento, e 649,73 mil veículos vendidos.

A Ford terminou o ano com participação de 9,37 por cento e vendas de 335,02 mil unidades. A empresa foi seguida pela Renault, com fatia de 6,61 por cento e 236,34 mil licenciamentos, e pela Hyundai, com 5,95 por cento do mercado e vendas de 212,9 mil unidades.

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