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Venda de automóveis na China desacelera em 2017

Resultados divulgados nesta quinta-feira sinalizam o fim do boom do maior mercado automobilístico do mundo

Carros na China: vendas totalizaram 28,88 milhões de veículos no ano passado, alta de 3% em relação a 2016 (AFP/Liu Jin/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 10h48.

Xangai - A venda de automóveis na China desacelerou para o ritmo mais lento dos últimos anos em 2017, sinalizando o fim do boom do maior mercado automobilístico do mundo.

As vendas totalizaram 28,88 milhões de veículos no ano passado, alta de 3% em relação a 2016, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China.

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Vendas de veículos de passeio subiram 1,4%, para 24,72 milhões, ritmo muito mais lento que o registrado em 2016, quando as vendas cresceram 15%.

Por outro lado, as vendas de carros elétricos, que vêm sendo promovidos pelo governo chinês, aumentou 53%, para 777 mil. Já as vendas de veículos comerciais aumentaram 14%, para 4,16 milhões.

Após 10 anos de crescimento vertiginoso, a China se tornou responsável por 30% das vendas globais de carros, o que constitui um aumento de 10% em relação a 2007.

No entanto, a saturação do mercado nas grandes cidades, como Pequim e Xangai, além de outros fatores, como o rápido aumento das vendas de carros usados, devem render apenas crescimento marginal daqui em diante, de acordo com analistas.

Também pressionou as vendas de automóveis o aumento dos tributos da categoria, que passaram de 5% para 7,5% no começo de 2017, o que deve se repetir neste ano: o imposto passou para 10%. As projeções da Bernstein Research são de crescimento de 2,5% das vendas em 2018.

Ao mesmo tempo, os veículos elétricos continuarão isentos de impostos até 2020, conforme anunciado pelo ministério de Finanças da China em dezembro.

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