Economia

Um olho nas eleições, outro na crise dos EUA, avalia Lloyds

A ordem no mercado é ficar com um olho nas pesquisas eleitorais para presidente e outro na divulgação - ou correção - dos balanços de grandes corporações internacionais, avalia o Lloyds TSB. Para o banco, era difícil imaginar que alguma outra variável pudesse dividir as atenções do mercado brasileiro com as eleições presidenciais de outubro. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

A ordem no mercado é ficar com um olho nas pesquisas eleitorais para presidente e outro na divulgação - ou correção - dos balanços de grandes corporações internacionais, avalia o Lloyds TSB.

Para o banco, era difícil imaginar que alguma outra variável pudesse dividir as atenções do mercado brasileiro com as eleições presidenciais de outubro. Mas as incertezas vindas do exterior, especialmente dos EUA, também preocupam os investidores.

O mercado permanecerá tenso em relação aos EUA, segundo o Lloyds, até pelo menos 14 de agosto, quando vence o prazo, estabelecido pela Securities and Exchange Comission (SEC), para que os CEOs de 945 empresas certifiquem os relatórios de balanço. Depois dessa data, a divulgação de números maquiados poderá trazer punições pessoais aos executivos responsáveis.

Em relação ao outro olho atento do mercado, o Lloyds acredita que a consolidação de Ciro Gomes em segundo lugar deixa o mercado ainda mais intranquilo. "Continuamos acreditando que a campanha eleitoral na TV, a partir de agosto, é que vai definir quem irá ao segundo turno, mas caso Ciro siga crescendo, pode vir a ser difícil para Serra reverter o quadro em 45 dias", diz relatório do banco.

Esse temor, na avaliação do Lloyds, pode fazer com que Ciro Gomes passe a ser o alvo de críticas mais frequentes tanto de Lula quanto de Serra, que se sentem ameaçados, de diferentes formas, neste momento.

O banco ressalta ainda que as conversas entre o presidente do BC, Armínio Fraga, e representantes dos principais candidatos a presidente e a possibilidade de um eventual acordo de transição com o FMI podem ajudar o mercado a ficar um pouco menos ansioso com relação às eleições presidenciais nas próximas semanas.

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