Economia

UE quer um acordo global para a Grécia antes do final de semana

O Banco Central Europeu também está sob forte pressão para aceitar o perdão da dívida da Grécia em seus ativos

A Grécia tenta concluir as negociações com os credores privados, entre eles bancos, companhias de seguros e fundos de investimento (Daniel Roland/AFP)

A Grécia tenta concluir as negociações com os credores privados, entre eles bancos, companhias de seguros e fundos de investimento (Daniel Roland/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 12h37.

São Paulo - Numa reunião em que 25 países dos 27 que formam a União Europeia reforçaram a disciplina fiscal, com o anúncio de sanções para os países que não cumprirem as metas de déficit público, os dirigentes europeus pediram na noite desta segunda-feira, em Bruxelas, um acordo global para salvar a Grécia, com a inclusão da decisão de perdoar parte da dívida e acionar o programa de empréstimos.

"Pedimos que os ministros de Finanças (da Zona do Euro) realizem as ações necessárias para pôr em prática" até o final da semana o acordo com os bancos e "aprovar" o novo programa de empréstimos de 130 bilhões de euros prometidos ao país", disse o presidente da UE, Herman Van Rompuy.

A Grécia tenta concluir as negociações com os credores privados, entre eles bancos, companhias de seguros e fundos de investimento - que consentiram em perdoar 50% da dívida grega que está em suas mãos.

Este acordo é condição indispensável para um novo pacote de ajuda a ser concedida pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Através desse pacto, os credores privados perdoariam cerca de 100 bilhões de euros da colossal dívida grega, mas até agora as negociações tropeçaram nas taxas de juros exigidas da Grécia pelo restante da dívida.

O Banco Central Europeu também está sob forte pressão para aceitar o perdão da dívida da Grécia em seus ativos.

Pairou sobre a cúpula de Bruxelas a sombra da controvérsia relacionada a uma proposta alemã de colocar a Grécia sob uma estrita tutela fical europeia. A proposição foi rejeitada secamente por vários países, entre eles a França.

O presidente Nicolas Sarkozy considerou que isso não seria "razoável, democrático e eficaz".

O governo de Atenas nem quer ouvir falar da proposta.

A chanceler Angela Merkel tentou acalmar os ânimos, mas sem se retratar.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise gregaEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame