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UE diz ao Mercosul que protecionismo dificulta acordo

O presidente da Comissão Europeia assegurou que a UE quer um acordo de livre-comércio com o Mercosul, mas advertiu que o protecionismo dificulta o resultado

Barroso: o líder não citou nenhum país em sua mensagem, mas nos últimos meses as relações comerciais da UE foram especialmente tensas com a Argentina (Thierry Charlier/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 09h58.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), José Manuel Durão Barroso, assegurou nesta terça-feira que os 27 países do bloco continuam querendo conseguir um acordo de livre-comércio com os países do Mercosul , mas advertiu que as "posturas protecionistas" de alguns países do bloco sul-americano o tornam difícil.

Em discurso aos embaixadores europeus, Barroso assegurou que o objetivo de Bruxelas continua sendo fechar um acordo de associação, que inclui um acordo de livre-comércio, apesar de as negociações não terem registrado avanços nos últimos meses.

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"É justo dizer que as recentes posturas protecionistas de alguns membros do bloco não ajudam", ressaltou o chefe do Executivo comunitário.

Barroso acredita que da cúpula UE-América Latina que será realizada em janeiro de 2013 no Chile possa sair uma "clara mensagem contra o protecionismo e certas formas de populismo".

O líder não citou nenhum país em sua mensagem, mas nos últimos meses as relações comerciais da UE foram especialmente tensas com a Argentina.

A Comissão Europeia decidiu na semana passada abrir uma investigação por causa de uma denúncia apresentada em julho pelo Conselho Europeu do Biodiesel, que considera que as importações de biodiesel argentino são objeto de "dumping" (seu preço na UE está abaixo das tarifas nacionais) e estão causando por isso um grande prejuízo à indústria do bloco.

Barroso, no discurso de hoje, se referiu também às relações bilaterais com o Brasil.

Segundo ele, o acordo de cooperação entre Europa e Brasil selado em 2007 "permitiu conseguir progressos (...), mas ainda não alcançou todo seu potencial no que se refere à cooperação em assuntos globais".

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