UE debaterá impacto do Mercosul na agricultura europeia
Bruxelas - Os ministros de Agricultura da União Europeia (UE) debaterão na segunda-feira o impacto no setor agrícola europeu de um possível acordo com Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), diante da demanda de um grupo de sete países liderados pela França, informaram hoje fontes comunitárias. O Conselho agrícola tratará esse assunto em Bruxelas, precisamente […]
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2010 às 09h48.
Bruxelas - Os ministros de Agricultura da União Europeia (UE) debaterão na segunda-feira o impacto no setor agrícola europeu de um possível acordo com Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), diante da demanda de um grupo de sete países liderados pela França, informaram hoje fontes comunitárias.
O Conselho agrícola tratará esse assunto em Bruxelas, precisamente no mesmo dia em que será realizada em Madri a cúpula da UE-América Latina e Caribe, na qual está em jogo o restabelecimento das negociações para um acordo de associação entre a União e o Mercosul, estagnadas desde 2004, por divergências na agricultura.
Espanha, como Presidência rotativa da UE, considera prioritário impulsionar essas discussões e propiciar um compromisso, em um futuro próximo.
Mas o Conselho de ministros de Agricultura da UE incluiu em sua agenda uma discussão sobre as negociações com o bloco latino-americano, porque a França e outros seis países expressaram preocupação pelo impacto que a concorrência traria ao setor agrícola europeu depois de um pacto com o bloco latino-americano.
França, Áustria, Polônia, Finlândia, Grécia, Hungria e Irlanda apresentarão uma declaração conjunta em Bruxelas manifestando inquietação.
Estes sete países consideram que a competitividade do Mercosul nos mercados agrícolas "se reforçou" e aumentou nos últimos anos, em comparação com a UE, por isso que é preciso "um estudo de impacto" sobre as consequências que teria um acordo para a atividade agrária europeia.
A atual presidente do Conselho de Agricultura da UE, a espanhola Elena Espinosa, declarou que seu temor é "zero" e que não tem "absolutamente nenhuma preocupação" pelo impacto que possa ter nas produções europeias a negociação com o Mercosul e acrescentou que por enquanto "não há nada sobre a mesa".