Economia

UE comemora resultados da auditoria sobre bancos espanhóis

"Trata-se de um passo importante, anterior à aplicação do programa de assistência financeira", disse a Comissão em um comunicado


	Prédio do Bankia: os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar
 (Dominique Faget/AFP)

Prédio do Bankia: os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 15h46.

Bruxelas - A Comissão Europeia comemorou, nesta sexta-feira, os resultados da auditoria independente dos bancos da Espanha, um "passo decisivo" para o fortalecimento do setor, e anunciou a recapitalização de um primeiro grupo para novembro.

"Trata-se de um passo importante, anterior à aplicação do programa de assistência financeira, para o fortalecimento, a viabilidade e a confiança no setor bancário espanhol", disse a Comissão em um comunicado.

"Depois da aprovação desses planos de reestruturação ou de resolução ordenada, a recapitalização de um primeiro grupo de bancos está prevista para o mês de novembro", acrescentou a Comissão.

Os bancos espanhóis em dificuldades precisam de 59,3 bilhões de euros para se recapitalizar, segundo auditoria realizada pelo escritório norte-americano Oliver Wymanque, que analisou 14 bancos espanhóis (90% do setor).

Contudo, essa "quantia cai a 53,745 bilhões quando se consideram os processos de fusão em andamento e os efeitos fiscais", segundo comunicado do Banco de Espanha.

"Estou muito satisfeito de que o total das necessidades de capital dos bancos espanhóis seja inferior aos 60 bilhões de euros", disse o chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

A quantia é inferior ao máximo de 100 bilhões de ajuda que a zona do euro havia oferecido para sanear o setor financeiro espanhol.

A ajuda europeia pode ser significativamente inferior ao total de 59,3 bilhões já que uma parte dos fundos pode vir de outras fontes, informou o Banco de Espanha.

Segundo o Banco, sete grupos bancários, que representam mais de 62% da carteira de crédito analisada, não precisarão de capital adicional. Já o Bankia, resgatado pelo Estado, é a entidade que precisa de mais capital.

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