Economia

UE ajudará a Itália a enfrentar chegada de imigrantes

Mais de vinte e um países apoiam a Itália, mas outros como os que fazem parte do Reino Unido não querem estímular mais imigrantes a cruzarem o Mediterrâneo


	Imigrantes: segundo o governo italiano, 170.000 chegaram ao litoral em 2014 e 3.200 morreram no mar
 (MARINA MILITARE/AFP)

Imigrantes: segundo o governo italiano, 170.000 chegaram ao litoral em 2014 e 3.200 morreram no mar (MARINA MILITARE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 16h47.

Bruxelas - A União Europeia anunciou nesta quinta-feira que aumentará a sua ajuda para a Itália, para que o país enfrente a chegada em massa de imigrantes.

"A Itália não está sozinha. A Europa está do seu lado", disse o comissário de Relações Interiores, Dimitris Avramopoulos, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

A UE dará 13,7 milhões de euros à Itália, porta de entrada da maioria dos imigrantes que chegam à Europa.

"Não podemos substituir a Itália na gestão de suas fronteiras exteriores, mas podemos ajudar. Ampliaremos, portanto, a operação Triton e aumentaremos seus recursos caso a Itália precise", garantiu o comissário.

Bruxelas lançou em novembro de 2014 a operação Triton, coordenada pela Frontex, a agência europeia de vigilância das fronteiras, para ajudar a Itália a controlar suas fronteiras marítimas e salvar as embarcações de imigrantes à deriva.

Mais de 5.600 pessoas foram resgatadas desde 1º de janeiro e, pela primeira vez, "a guarda costeira italiana recebeu ameaças de criminosos armados sem qualquer limite", declarou Avramopoulos.

Roma afirmou que 170.000 migrantes chegaram ao seu litoral em 2014, e 3.200 morreram no mar enquanto tentavam chegar à Europa, segundo a Organização Internacional para as Migrações.

A situação piorou nos últimos meses e obrigou a UE a reagir. Cerca de 21 países comunitários apoiam o programa Triton, mas outros, como o Reino Unido, garantem que se trata de um estímulo para que mais migrantes cruzem o Mediterrâneo.

Em outubro, a Itália encerrou o Mare Nostrum, sua própria operação de vigilância e salvamento, lamentando ter gastado 114 milhões de euros.

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