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Tribunais de NY ajudam setores especulativos, diz ministro

Kicillof voltou a pedir a intervenção das autoridades dos EUA por considerar que “um juiz não pode querer bloquear os pagamentos de um país soberano”

Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina: “Não temos que ir de joelhos pedir dinheiro para manter os pagamentos” (Diego Levy/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 16h16.

Brasília - O ministro da Economia da Argentina , Axel Kicillof, afirmou que o apoio da Justiça de Nova York aos setores especulativos “impede que os credores que aceitaram a renegociação da dívida recebam” o valor a que tem direito: “1% impede que os outros 92% recebam”.

Ele se referia aos fundos abutres, que não aceitaram a oferta feita pelo governo argentino de um ajuste nos mesmos termos concedidos a outros credores.

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“A Argentina tem dinheiro, pela primeira vez em muitos anos, para pagar sua dívida depois da renegociação que [o ex-presidente] Néstor Kirchner fez”. “Não temos que ir de joelhos pedir dinheiro para manter os pagamentos”, destacou Kicillof.

Ele voltou a pedir a intervenção das autoridades dos Estados Unidos por considerar que “um juiz não pode querer bloquear os pagamentos de um país soberano”.

Ele também descartou a possibilidade de que as condições de crédito internacional se compliquem e adiantou que o governo atuará caso os empresários tenham problemas em obter crédito.

Em novembro de 2012, o juiz de primeira instância Thomas Griesa, do Tribunal Federal de Nova York, aceitou a alegação de um grupo que representa 1% do total de credores e obrigou o pagamento do valor integral dos papéis, mais os juros.

A maior parte dos detentores de títulos da divida argentina (92%) aderiu a dois planos de reestruturação, de 2005 e 2010, e aceitaram receber 35% do valor dos papéis parcelado em até trinta anos.

Em agosto do ano passado, a Corte de Apelações do Segundo Circuito de Nova York manteve a sentença de Griesa. Em junho deste ano, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou os recursos do governo argentino e manteve as sentenças de primeira e segunda instâncias.

*Com informações da Télam

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