Economia

Tempo de reformas não é o que o governo quer, mas o viável, diz secretário

Para Carlos da Costa, do Ministério da Economia, projetos de reformas da economia brasileira demandam amadurecimento

Plenário da Câmara: segundo Costa, o governo federal e o Congresso têm trabalhado "muito" para que as reformas passem (Adriano Machado/Reuters)

Plenário da Câmara: segundo Costa, o governo federal e o Congresso têm trabalhado "muito" para que as reformas passem (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 13h26.

Última atualização em 28 de novembro de 2019 às 13h48.

São Paulo — O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, reconheceu nesta quinta-feira, 28, que o tempo gasto para conduzir reformas, como a tributária e a administrativa, não é o que o governo deseja, mas é o viável. Para ele, os poderes Executivo e Legislativo estão "trabalhando muito", porém projetos como esses demandam um "certo amadurecimento".

"São tantas reformas que nas quais precisamos trabalhar que muitas vezes não há tempo hábil", disse ele. "Só ontem eu estava trabalhando na lei do saneamento, na lei de concessões, na lei de informática... Isso tudo só na minha área. Imagina o governo como um todo, imagina o Congresso, que é um grande parceiro nosso. Então, não é o timing que desejaríamos, mas é o viável", acrescentou.

Segundo Costa, o governo federal e o Congresso têm trabalhado "muito" para que as reformas passem. "Queremos a tributária agora, a administrativa agora, o novo marco de concessões agora, mas (são projetos) que precisam certo amadurecimento", disse.

As declarações do secretário foram dadas durante evento da FecomercioSP sobre o Doing Business, ranking que classifica os melhores países para ambiente de negócios.

O Brasil está na 124ª posição. O governo tem meta que o País chegue aos 50 primeiros até 2022, como reflexo de medidas favoráveis aos negócios.

Para o secretário, o atraso na reforma administrativa, que busca tornar o Estado mais eficiente, embora tenha impacto no ambiente de negócios, não afeta a meta do governo de chegar aos 50 primeiros até 2022. "Nossa meta continua sendo até 2022. Não gosto de falar de metas intermediárias, porque o timing político das coisas varia", disse.

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