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Levy diz que governo tenta trazer a inflação para meta

Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro da Fazenda afirmou que “uma inflação alta cria incertezas” e que ela deve ser trazida para o centro da meta

O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “uma inflação alta cria incertezas" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 22h58.

São Paulo – Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse que o governo tenta trazer a inflação para 4,5% ao ano e que o comportamento dos preços deve ser acompanhado o “tempo inteiro”.

“Uma inflação alta cria incertezas. Ela inibe os investimentos, além de ser uma forma que, em geral, as pessoas com menor renda acabam tendo um impacto maior”, afirmou.

Levy disse também que uma inflação baixa protege as pessoas de menor renda e que, “por isso, é tão importante a gente estar trabalhando para continuar baixando a inflação”.

O ministro também afirmou que o câmbio mudou "um pouco", influenciando a balança comercial e os preços de combustíveis, energia e planos de saúde, e trouxe dificuldades para a administração da política monetária.

"Se alguns preços administrados incorporarem de uma maneira muito intensa a variação do câmbio, dificulta porque ele repete ou realimenta a inflação".

A declaração de Levy acontece no mesmo dia em que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 0,71% em abril para 0,74% em maio, de acordo com o IBGE.

O acumulado dos últimos 12 meses chegou a 8,47%, quase o dobro do centro da meta (4,5%) e acima do teto de 6,5% estabelecido pelo governo.

Grande parte da alta se deve à energia elétrica, com impacto de 0,11 ponto percentual no número de maio.

São Paulo - A inflação do mês de maio, divulgada hoje pelo IBGE, ficou em 0,74%, levemente acima dos 0,71% registrados em abril. O acumulado dos primeiros 5 meses de 2015 ficou em 5,34%, maior resultado para o período desde 2003 e já superando o centro da meta para o ano inteiro (4,5%). No acumulado de 12 meses, a taxa já está em 8,47%. A explosão da inflação neste primeiro semestre não foi uma surpresa, já que preços administrados que estavam contidos há um bom tempo sofreram reajustes. É o caso da energia elétrica , que subiu 40% só este ano em média, fazendo explodir a alta do grupo Habitação. Já o grupo Transportes sofreu o impacto de altas de dois dígitos em metrô e ônibus urbano.  O foco do Banco Central agora é em trazer a inflação para o centro da meta em 2016, o que não acontece desde 2009. Veja a seguir os 9 grupos monitorados, com a alta no mês, no ano e nos últimos 12 meses.
  • 2. Habitação: EXPLODIU

    2 /11(Germano Luders/EXAME)

  • Veja também

    Altas
    Em maio1,22%
    Em 201511,50%
    Nos últimos 12 meses17,59%
  • 3. Educação: DISPAROU

    3 /11(Camila Souza/ GOVBA)

  • Altas
    Em maio0,06%
    Em 20157,28%
    Nos últimos 12 meses8,42%
  • 4. Despesas pessoais: DISPAROU

    4 /11(Stock.Xchange)

    Altas
    Em maio0,74%
    Em 20154,21%
    Nos últimos 12 meses8,13%
  • 5. Transportes: SUBIU BEM

    5 /11(Wikimedia Commons/A. Júnior)

    Altas
    Em maio-0,29%
    Em 20154,36%
    Nos últimos 12 meses7,03%
  • 6. Alimentação e Bebidas: SUBIU BEM

    6 /11(Dercílio / Saúde)

    Altas
    Em maio1,32%
    Em 20155,94%
    Nos últimos 12 meses8,80%
  • 7. Saúde e cuidados pessoais: SUBIU BEM

    7 /11(Christopher Furlong/Getty Images)

    Altas
    Em maio1,10%
    Em 20154,11%
    Nos últimos 12 meses7,39%
  • 8. Artigos de Residência: SUBIU

    8 /11(Divulgação)

    Altas
    Em maio0,36%
    Em 20151,97%
    Nos últimos 12 meses4,23%
  • 9. Vestuário: SUBIU

    9 /11(Dado Galdieri/Bloomberg)

    Altas
    Em maio0,61%
    Em 20150,80%
    Nos últimos 12 meses3,37%
  • 10. Comunicação: ALIVIOU

    10 /11(Thinkstock)

    Altas
    Em maio0,17%
    Em 2015-0,56%
    Nos últimos 12 meses-1,12%
  • 11 /11(Pedro Kirilos/Riotur)

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