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TAM amplia frota e lança novas rotas internacionais em 2006

Companhia aérea quer ganhar espaço no mercado internacional e diz não se preocupar com avanço de Gol e BRA

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

Líder no mercado aéreo doméstico, a TAM vai ampliar a frota e aumentar a atuação no mercado internacional em 2006. De acordo com o presidente Marco Antonio Bologna, 11 aviões entrarão nas rotas, que devem ganhar novos destinos ainda este ano: Lima, no Peru, Caracas, na Venezuela, e Londres, na Inglaterra.

No total, a frota crescerá de 76 para 85 aviões. Serão 10 A 320, que comportam 168 passageiros, e um A 330, com capacidade de até 213 passageiros. A empresa deve ainda renovar a frota de aeronaves Fokker 100, cujo número cairá de 20 a 18 - medida que ainda não tem data mas deve ser concretizada em breve, segundo Bologna.

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Com a maior oferta de lugares, a TAM aumentará os esforços para vender mais passagens. A operação já mostrou sucesso em 2005: o número de passageiros cresceu 44% no ano, em resposta a uma oferta 33% maior. O resultado permitiu que a aérea se mantivesse na liderança do mercado doméstico, com 43,5% de participação no ano de 2005 - alta de 7,7 pontos percentuais.

Rumo ao exterior

A participação da TAM no mercado de viagens internacionais também subiu (4,4 pontos percentuais), atingindo uma média de 18,9% em 2005. Apesar da alta, a líder no mercado doméstico amarga a vice-liderança nas rotas internacionais, ficando atrás da Varig, que passa por processo de recuperação judicial.

Dados do Departamento de Aviação Civil apontam market-share de 72,13% à Varig e 22,14% à TAM em janeiro deste ano. Essa distância a TAM pretende reduzir com os novos vôos. A rota São Paulo-Lima é a próxima a ser efetivada. Já os vôos para Caracas e Londres ainda necessitam de autorização. "Nossa estratégia é de crescimento seletivo no mercado internacional. Faremos isso ao longo dos próximos dez anos", afirma Bologna.

Sem ligar para a concorrência

Com boas posições no ranking do mercado doméstico e no internacional, a TAM diz não se preocupar com as concorrentes com menor participação no mercado, nem mesmo com o crescimento que Gol e BRA vêm demonstrando. A Gol, que em setembro de 2005 ultrapassou a Varig e abocanhou o segundo lugar de market-share, alcançou em janeiro 26,79% das viagens em âmbito nacional - no mesmo mês de 2004, a porcentagem era de 21,56%. A BRA, por sua vez, surpreendeu ao trocar os vôos fretados pelos regulares e atingir 6,23% dos passageiros transportados em 2005.

Os números não impressionam Bologna. De acordo com o presidente, a TAM não pretende baratear as tarifas nem alterar o serviço para driblar a concorrência. "O modelo da TAM é muito claro. Temos uma política de preços competitivos, serviço diferenciado e gestão de custos. Na história da TAM, já vivenciamos diversos ambientes concorrenciais e sempre continuamos crescendo", diz Bologna. Além de mostrar-se despreocupado com a concorrência, ele tenta minimizar os resultados da BRA. "Em janeiro de 2005, quando ainda não era regular, a BRA tinha uma participação equivalente a 6,63%. Agora [no ano de 2006], apresentou 6,23%. Portanto, houve uma queda".

Contra os custos

Se a TAM procura não travar batalhas contra os concorrentes, dentro da empresa a história é outra. A companhia tenta cortar custos e se proteger dos altos preços do petróleo, que em 2005 abateram as contas da empresa e exigiram gastos 58,9% maiores do que em 2004 como querosene. "Nós temos por política uma proteção de cerca de um terço do custo. Mantemos uma opção de hedge do WTI (contrato chamado West Texas Intermediate), que é a referência da commodity. Outra parte importante na questão do combustível é que nós buscamos aproveitar as deficiências fiscais: buscamos sair de uma origem cuxa taxação é mais barata para atingir destinos com maior tributação".

Parte do custo com querosene também é pago pelos passageiros, segundo Bologna. Foi a alta do petróleo a responsável pelo aumento de tarifas em setembro do ano passado, por exemplo. "Nós carregamos todo o ano de 2005, quando o querosene atingiu um alta recorde de 55%, e só repassamos às tarifas em setembro", explica.

Já o custo por assento-quilômetro, indicador das despesas com as viagens, segue trajetória de queda. Em 2005, caiu 7,4%, graças a uma maior eficiência operacional e à queda de custos de comercialização. Exemplo disso é o portal da TAM, que agora concentra 100% das vendas de passagens para vôos domésticos. "Nossos custos continuarão a cair através de ações de aumento da utilização horária das nossas aeronaves, diminuição de custos comerciais, e otimização do pessoal de administrativo", diz o diretor de relacionamento com investidores da TAM, Líbano Barroso.

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