Superávit primário desacelera, mas se mantém acima da meta
No acumulado de 12 meses até janeiro, economia ficou em 4,37% do PIB, contra os 4,84% obtidos em 2005
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.
O superávit primário do setor público somou 3,1 bilhões de reais em janeiro, marcando uma desaceleração em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a economia foi de 11,4 bilhões. O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) contribuiu com um superávit de 3,3 bilhões. Os estados e municípios aportaram 2,6 bilhões. As estatais, em contrapartida, apresentaram um déficit de 2,9 bilhões.
A proporção entre superávit primário e PIB também caiu com o resultado. No acumulado de 12 meses até janeiro, o superávit representou 4,37% do PIB. Em 2005, o país obteve uma economia de 4,84% do PIB. De qualquer modo, o desempenho ainda é maior que a meta de 4,25%, adotada voluntariamente pelo governo brasileiro após o fim do acordo com o Fundo Monetário Internacional, em março de 2005.
A dívida mobiliária federal - composta pelos títulos públicos emitidos pelo governo - totalizou 984,9 bilhões de reais em janeiro, um acréscimo de 5,3 bilhões de reais em relação a dezembro. Embora seu valor tenha crescido, seu peso reduziu-se ligeiramente de 50,5% do PIB, em dezembro, para 50,1% em janeiro. Os resgates de títulos somaram 7 bilhões de reais, mas os juros incorporados à divida subiram mais: 12,3 bilhões.
A dívida líquida do setor público fechou o mês em 1,014 trilhão de reais, contra 1,002 trilhão em dezembro. Apesar disso, o nível de endividamento permaneceu em 51,6% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral, que inclui a União, governos regionais e Previdência, alcançou 1,458 trilhão de reais, ou 74,2% do PIB, contra 1,453 trilhão em dezembro (74,8% do PIB).