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Superávit não muda quadro fiscal ruim, diz RC Consultores

Nesta quarta-feira, o Tesouro Nacional informou que o Governo Central registrou superávit primário de R$ 4,101 bilhões em outubro

Dinheiro: valor do superávit primário é o menor para meses de outubro desde 2002 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 15h16.

São Paulo - A despeito do superávit apresentado pelo Governo Central em outubro, o cenário de deterioração das contas fiscais do país pouco mudou para 2014.

A avaliação é do economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, que, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, lembrou que, mesmo com o número positivo do mês, o acumulado em 12 meses continua muito abaixo da meta estabelecida pelo governo , de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB), mais precisamente em 0,6% do PIB até o décimo mês deste ano.

"Desde meados de 2013 e principalmente neste ano, houve realmente um crescimento muito abrupto das despesas e numa velocidade maior que as receitas. Esse é o principal problema", opinou Biscuola.

"Num horizonte de curto prazo, apesar dos esforços, vai ser difícil se descolar dessa curva de tendência."

Nesta quarta-feira, 26, o Tesouro Nacional informou que o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) registrou superávit primário de R$ 4,101 bilhões em outubro.

O resultado interrompeu uma sequência de cinco déficits primários mensais, mas o valor é o menor para meses de outubro desde 2002.

"Foi superavitário, mas ficou bem abaixo do resultado de anos anteriores", comentou Biscuola.

O número do mês passado ficou dentro do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que ia de um resultado negativo de R$ 6,200 bilhões a um superávit de R$ 9,000 bilhões, com mediana positiva de R$ 5,000 bilhões.

A RC Consultores trabalhava com uma estimativa de déficit de R$ 1,800 bilhão, mas o economista lembrou que o mês contou com a sazonalidade favorável e com a ajuda do Refis, programa de parcelamento de débitos.

"De maneira geral, o que podemos ver é que a velocidade das despesas continua crescendo e, por outro lado, não vemos no horizonte de curto prazo uma perspectiva de desaceleração", disse o economista da RC Consultores.

"Enquanto não existir um esforço muito grande em prol de uma redução do crescimento das despesas, o cenário fiscal continuará bem preocupante", analisou.

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São Paulo - A despeito do superávit apresentado pelo Governo Central em outubro, o cenário de deterioração das contas fiscais do país pouco mudou para 2014.

A avaliação é do economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, que, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, lembrou que, mesmo com o número positivo do mês, o acumulado em 12 meses continua muito abaixo da meta estabelecida pelo governo , de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB), mais precisamente em 0,6% do PIB até o décimo mês deste ano.

"Desde meados de 2013 e principalmente neste ano, houve realmente um crescimento muito abrupto das despesas e numa velocidade maior que as receitas. Esse é o principal problema", opinou Biscuola.

"Num horizonte de curto prazo, apesar dos esforços, vai ser difícil se descolar dessa curva de tendência."

Nesta quarta-feira, 26, o Tesouro Nacional informou que o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) registrou superávit primário de R$ 4,101 bilhões em outubro.

O resultado interrompeu uma sequência de cinco déficits primários mensais, mas o valor é o menor para meses de outubro desde 2002.

"Foi superavitário, mas ficou bem abaixo do resultado de anos anteriores", comentou Biscuola.

O número do mês passado ficou dentro do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que ia de um resultado negativo de R$ 6,200 bilhões a um superávit de R$ 9,000 bilhões, com mediana positiva de R$ 5,000 bilhões.

A RC Consultores trabalhava com uma estimativa de déficit de R$ 1,800 bilhão, mas o economista lembrou que o mês contou com a sazonalidade favorável e com a ajuda do Refis, programa de parcelamento de débitos.

"De maneira geral, o que podemos ver é que a velocidade das despesas continua crescendo e, por outro lado, não vemos no horizonte de curto prazo uma perspectiva de desaceleração", disse o economista da RC Consultores.

"Enquanto não existir um esforço muito grande em prol de uma redução do crescimento das despesas, o cenário fiscal continuará bem preocupante", analisou.

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