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Standard & Poor's mantém o rating do banco BMG

Instituição, envolvida nas investigações de empréstimos suspeitos ao Partido dos Trabalhadores, mantém perspectiva favorável de recebimento de créditos

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

A agência internacional de classificação de risco Standard & Poors (S&P) manteve as notas da carteira de crédito do banco BMG. Na escala nacional, a nota permaneceu em brA-, com perspectiva estável. Já na escala internacional, a nota foi mantida em BB-, com expectativa estável. Segundo a S&P, a crise política detonada por denúncias de compra de deputados e de financiamentos irregulares de campanha não afetou as projeções do BMG.

A instituição é uma das citadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) por conceder financiamentos suspeitos ao PT. O banco liberou 2,4 milhões de reais para o PT, além de 39 milhões de reais às empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, as agências de publicidade SMPB e DNA. Suspeita-se que o dinheiro tenha sido repassado irregularmente para o PT.

De acordo com a S&P, "sob o ponto de vista dos ratings, o risco potencial de não-pagamento dos empréstimos mencionados acima é atenuado pela boa qualidade da maior parte dos empréstimos na carteira do BMG e por sua alta rentabilidade, as quais garantem a criação de novas provisões de empréstimos, caso seja necessário".

A agência de risco afirma que as notas do BMG são compatíveis com um banco pequeno, dentro de um mercado competitivo. Os resultados financeiros do BMG também mostraram estabilidade no primeiro trimestre deste ano, após caírem 27% no último trimestre de 2004, sob influência da intervenção do Banco Central no Banco Santos movimento que afugentou investidores de todas as instituições de pequeno porte.

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