Economia

Fomc;vê;pressão inflacionária mas não indica;elevação brusca de juros

Comitê de política monetária dos EUA desarmou as expectativas de intensificação do ritmo de alta dos juros básicos no país ao reconhecer riscos inflacionários, decorrentes dos preço

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h45.

A produtividade, a capacidade ociosa da economia americana e a contenção das pressões salariais foram responsáveis pela relativa serenidade da ata do comitê de mercado aberto (Fomc, na sigla em inglês), o equivalente americano ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro. Pelo documento divulgado na terça-feira (12/4), ainda que haja preocupação com altas de preços mais fortes, decorrentes de pressões no custos da energia (leia reportagem sobre as altas do petróleo) e importações, tanto os ganhos de produtividade ainda elevados quanto a capacidade ociosa afastam os receios de aumentos dos juros maiores que a dose de 0,25 ponto percentual que vem sendo aplicada a cada reunião do Federal Reserve (Fed).

Segundo as analistas Alessandra Ribeiro e Rachel Fleury, da consultoria Tendências, ainda que o Fomc tenha indicado que o patamar de juros necessário para controlar a inflação pode ser mais elevado, por conta das apreensões mencionadas, também deixou claro que não é preciso alterar o ritmo de ajuste para chegar a esse patamar.

Para os economistas do Bradesco, além de deixar um espaço maior para o aumento dos juros, adotando viés para cima na perspectiva de aumento total da taxa, os registros da reunião de março não trouxeram informações adicionais, e por isso ficaram "obsoletos". As reações positivas ao documento, dizem os analistas, aconteceram porque a expectativa que se formou no mercado era de um discurso mais forte, e como não veio a "bomba" que se esperava, reverteu-se a posição defensiva.

No Brasil, a mudança de humor melhorou os indicadores de risco-país (oito pontos, para 438) e empurrou o real para cima, numa cotação de 2,574 por dólar (para desespero dos exportadores). O Copom se reúne para decidir o novo patamar da Selic nos dias 19 e 20 de abril. Já o Fomc decide o que fazer com os juros americanos em 3 de maio, de olho nos índices de inflação que serão divulgados até lá. A projeção da Tendências é que a taxa alcance o patamar de 4% ao ano no final de 2005.

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