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Emprego e salários na indústria fecham o ano em queda

O número de demissões na indústria ultrapassou as contratações em 2003, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (17/2) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE). A redução média no número de postos de trabalho foi de0,5.Só em dezembro, o nível de emprego também caiu 0,5% em relação ao mês anterior, na série livre de […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

O número de demissões na indústria ultrapassou as contratações em 2003, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (17/2) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE). A redução média no número de postos de trabalho foi de0,5.Só em dezembro, o nível de emprego também caiu 0,5% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Quando comparado a dezembro de 2002, a queda é ainda maior: 1,3%.

Segundo a pesquisa, nove dos 13 locais pesquisados sofreram queda no nível de emprego, especialmente no Sudeste (-1,4%), já que São Paulo (-0,9%) e Rio de Janeiro (-4%) têm sido responsáveis pelos principais impactos negativos. Por outro lado, as regiões Norte e Centro-oeste, que juntas cresceram 3,7%, contribuem positivamente para o índice.

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Dos ramos industriais que mais desempregaram em 2003, destacam-se o vestuário (-5,1%), alguns produtos da indústria de transformação (-7,1%) e minerais não-metálicos (-5,3%). Já a indústria de alimentos e bebidas ampliou em 2,9% o número de vagas.

Acompanhando o achatamento do mercado de trabalho, o salário também mostrou um comportamento negativo. Conforme o levantamento do IBGE, a folha de pagamento real sofreu uma queda de 4,3% no ano. A indústria do papel e gráficas foi a que registrou a maior retração da folha de pagamento (-12,9%), seguida do setor de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (-10,7%) e minerais não-metálicos (-12,5%). Mais uma vez, o setor de alimentos e bebidas contribuiu positivamente para a formação do indicador, com uma ampliação de 0,9% na folha.

O número de horas pagas, que também serve para indicar o grau de demanda de cada setor, decresceu 0,8% de 2003 para 2002. É a nona queda consecutiva desse indicador. Para o resultado geral, contribuíram negativamente oito locais e nove setores industriais. Regionalmente, os maiores impactos foram observados em São Paulo (-1,3%), Rio de Janeiro (-4,3%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). A maior contribuição positiva foi proporcionada pelo Paraná (3,3%). Em relação aos ramos industriais, as maiores pressões negativas foram dadas por vestuário (-5,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,5%) e têxtil (-5,5%). Também neste indicador alimentos e bebidas (3,5%) contribuíram positivamente, seguido do setor de máquinas e equipamentos (5,2%).

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