Sociedade brasileira está entre as mais machistas do mundo
Pesquisa divulgada hoje pelo Fórum Econômico Mundial sobre igualdade entre os sexos traz o Brasil na 51ª posição
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.
O Brasil terá que se esforçar, e muito, se quiser diminuir a distância que separa homens e mulheres na sociedade. De acordo com uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, que avaliou o grau de participação da mulher em 58 países, o Brasil aparece em 51º lugar. Perde, inclusive, para países muçulmanos, geralmente mais conservadores, como Bangladesh e Jordânia. A sociedade nórdica é a que lidera o ranking, como a que faz menos diferença entre homens e mulheres.
A pesquisa analisou a atividade feminina em cinco áreas: participação econômica; oportunidade de mercado; participação política; acesso à educação, e saúde e bem-estar. As informações foram coletadas tanto em organizações internacionais, como também em órgãos oficiais de cada um dos países. A partir daí, cada um recebeu uma nota que varia de 1 a 7, sendo 7 a melhor performance.
O Brasil obteve notas extremamente baixas em todos os cinco quesitos. A pior avaliação foi em participação política, seguida por saúde e bem-estar. O país saiu-se melhor em oportunidades de mercado, o que lhe garantiu uma média final de 3,29. O melhor desempenho foi o da Suécia, que recebeu 5,53.
Segundo o relatório, impressiona o fato de que, mesmo depois de três décadas do início do movimento de emancipação da mulher, nenhum país, até hoje, atingiu a igualdade absoluta. Para os pesquisadores do Fórum, não se trata de um jogo entre os sexos, e sim de "um estágio do desenvolvimento humano e social em que direitos, responsabilidades e oportunidades individuais não são determinados por fatores como o sexo".
Ranking de igualdade entre homens e melhores* | |
1 | Suécia |
2 | Noruega |
3 | Islândia |
4 | Dinamarca |
5 | Finlândia |
6 | Canadá |
7 | Grã-Bretanha |
8 | Alemanha |
9 | Austrália |
17 | Estados Unidos |
30 | Colômbia |
40 | Malásia |
51 | Brasil |
58 | Egito |
* Pesquisa foi feita em 58 países Fonte: Fórum Econômico Mundial |