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Siderurgia;registra;produção recorde;e atinge limite da capacidade

Em julho, produção atingiu 2,84 milhões de toneladas, devido à demanda do mercado interno. Siderúrgicas estão reduzindo exportações para atender o país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.

As siderúrgicas brasileiras produziram 2,84 milhões de toneladas de aço bruto em julho e estabeleceram um novo recorde para a produção mensal, conforme o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). O volume é 40% maior que o de julho de 2003. O resultado também assinala que o setor atingiu o limite de sua capacidade instalada. O parque siderúrgico brasileiro é capaz de fornecer 34 milhões de toneladas de aço por ano, o equivalente a 2,833 milhões de toneladas mensais. A diferença entre a capacidade nominal e a produção efetiva deveu-se a ganhos de produtividade nas plantas.

Segundo o IBS, foram produzidos 18,999 milhões de toneladas entre janeiro e julho, volume 5,7% maior que o de igual período do ano passado. O instituto destaca que o desempenho foi alcançado graças ao aquecimento da demanda interna, puxada sobretudo pelas indústrias automotiva, de máquinas agrícolas, de eletrodomésticos e de embalagens, que consomem principalmente aços planos.

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A construção civil, grande compradora de aços longos, está também emitindo sinais de retomada. As siderúrgicas estão mais otimistas com o setor, após a aprovação, em junho, da Lei 10.931, que estabelece algumas medidas para fomentar o desenvolvimento do mercado imobiliário e incentivar o financiamento às construtoras.

Com a capacidade produtiva tomada cada vez mais pelo mercado doméstico, as siderúrgicas estão reduzindo suas exportações. Conforme o IBS, no primeiro semestre (último dado fornecido pela entidade), as vendas para o exterior caíram 12% sobre o período de comparação. Em volume, a exportação baixou de 7,026 milhões de toneladas para 6,198 milhões.

O instituto também assinala que a opção de atender prioritariamente o mercado interno causou perdas às siderúrgicas. Isto porque o preço praticado no Brasil é inferior ao das exportações. O IBS calcula que as usinas deixaram de faturar cerca de 80 milhões de dólares com vendas ao exterior, no primeiro semestre, para atender os clientes brasileiros.

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