Economia

Shoppings registram crescimento de 2% nas vendas em 2003

Responsáveis por 26% das vendas do varejo no Brasil, os quase 65 000 lojistas dos 579 shopping centers em atividade no país devem fechar o ano com faturamento igual ao de 2002: 48 bilhões de reais. O resultado leva em consideração o mesmo número de centros do ano anterior. Se for levado em conta que […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.

Responsáveis por 26% das vendas do varejo no Brasil, os quase 65 000 lojistas dos 579 shopping centers em atividade no país devem fechar o ano com faturamento igual ao de 2002: 48 bilhões de reais. O resultado leva em consideração o mesmo número de centros do ano anterior. Se for levado em conta que este ano foram abertos 27 novos shoppings - com 6 100 novas lojas - o crescimento registrado em 2003 foi de 2% nas vendas.

Em 2003, cerca de 3 000 lojas fecharam suas portas, diz Nabil Sayoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), que nesta sexta-feira (12/12) falou para os lojistas de shopping centers gaúchos em Porto Alegre. Foi o pior desempenho dos últimos 10 anos.

Entre as medidas que podem melhorar os resultados no próximo ano, a Alshop acredita na abertura das lojas aos domingos e feriados em todo o país. Os lojistas de shopping centers prometem aumentar a pressão sobre os parlamentares, em 2004, para evitar que ganhe força a idéia de transformar em lei federal a proibição de abertura das lojas aos domingos. Nos Estados Unidos, as lojas só fecham duas vezes por ano, nos principais feriados", diz Sayoun. No Brasil, segundo ele, há entre 11 e 13 feriados anuais. Um dia fechado representa a perda de 325 milhões de reais, diz Sayoun. E o governo perde 117 milhões de reais em arrecadação de impostos. Segundo cálculos da Alshop, o faturamento de 11 dias de feriados totaliza 3,5 bilhões de reais.

Já a abertura aos domingos, segundo o presidente da Alshop, além de gerar empregos - segundo José Galló, superintendente da Lojas Renner, com 58 lojas no Brasil, a abertura aos domingos demanda 15% a mais de funcionários -, ajuda a impulsionar a economia. Os 52 domingos de 2003 corresponderiam a um faturamento de 7,2 bilhões de reais ou 15% do faturamento total do setor este ano.

Em 2004, a Alshop prevê a abertura de 32 novos shoppings no país. Além disso, segundo Sayoun, até 2006, 40% dos já consolidados estarão em expansão. Temos que gritar mais alto em Brasília porque a informalidade está crescendo e temos uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, diz o presidente da Alshop.

Sayoun diz que está na hora de os lojistas se unirem para reivindicar um tratamento à altura de sua importância econômica: por suas lojas passam 110 milhões de consumidores por ano, elas geram 716 000 empregos diretos e 2,5 milhões de empregos indiretos e são responsáveis por 4% do PIB nacional.

Os lojistas presentes ao encontro com Sayoun reclamaram da reforma tributária. Todos foram resolver seus problemas: os governadores, os prefeitos e a União, diz Galló, o superintendente da Renner. Só não resolveram o problema dos contribuintes e das empresas. Para o executivo, cada vez menos pagam mais impostos e, com isso, o governo está inviabilizando a atividade econômica.

Em 2004 vamos ter um soluçozinho de crescimento e, em 2005, as coisas voltam a se agravar, afirma o executivo. A Renner tem uma meta de crescimento de 10% a 15% em 2004 e deve abrir de quatro a cinco novas lojas na região Sudeste.

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