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Setor público brasileiro tem déficit primário de R$ 10 bi

Analistas estimavam saldo negativo de 7,2 bilhões de reais para o mês passado

Sede do Banco Central, em Brasília: em pesquisa Reuters, analistas estimavam saldo negativo de 7,2 bilhões de reais para o mês passado (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 11h40.

Brasília - O setor público brasileiro teve déficit primário de 10,019 bilhões de reais em julho, acumulando em 12 meses rombo primário equivalente a 0,89 por cento do Produto Interno Bruto ( PIB ), o pior da série histórica do Banco Central , retratando os percalços para o cumprimento da meta fiscal de 2015 diante da debilidade econômica e fraca arrecadação.

Segundo dados divulgados pelo BC nesta sexta-feira, o resultado de julho --o pior para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2001-- foi arrastado pelo saldo negativo de 6,040 bilhões de reais obtido pelo governo central, também sendo influenciado pela contribuição negativa de 3,168 bilhões de reais de Estados e municípios e de 810 milhões de reais de empresas estatais.

O déficit primário veio muito acima das projeções de analistas, cuja mediana para julho apontava para saldo negativo de 7,2 bilhões de reais em pesquisa da Reuters.

O desempenho tem como pano de fundo uma retração real de 3,13 por cento no recolhimento de tributos em julho sobre um ano antes, no pior desempenho para o mês desde 2010.

Com isso, o déficit primário como proporção do PIB em 12 meses foi a 0,89 por cento, renovando mais uma vez o pior patamar da série e num percentual distante do superávit primário buscado pelo governo para o ano.

A meta foi drasticamente reduzida pela equipe econômica no mês passado em meio à recorrente frustração com a arrecadação, passando a 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do PIB, contra 66,3 bilhões de reais anteriormente, mas seu atingimento conta com receitas extras, algumas das quais dependentes de aprovação do Congresso num momento em que o Executivo conta com esfacelada base de apoio entre os parlamentares.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o superávit primário ficou em 6,205 bilhões de reais, inferior aos 24,665 bilhões de reais do mesmo período de 2014. DÍVIDA Mantendo trajetória de alta, a dívida bruta como percentual do PIB alcançou 64,6 por cento em julho, acima da estimativa anterior do BC de que ficaria em 63,5 por cento.

Texto atualizado às 11h40

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Brasília - O setor público brasileiro teve déficit primário de 10,019 bilhões de reais em julho, acumulando em 12 meses rombo primário equivalente a 0,89 por cento do Produto Interno Bruto ( PIB ), o pior da série histórica do Banco Central , retratando os percalços para o cumprimento da meta fiscal de 2015 diante da debilidade econômica e fraca arrecadação.

Segundo dados divulgados pelo BC nesta sexta-feira, o resultado de julho --o pior para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2001-- foi arrastado pelo saldo negativo de 6,040 bilhões de reais obtido pelo governo central, também sendo influenciado pela contribuição negativa de 3,168 bilhões de reais de Estados e municípios e de 810 milhões de reais de empresas estatais.

O déficit primário veio muito acima das projeções de analistas, cuja mediana para julho apontava para saldo negativo de 7,2 bilhões de reais em pesquisa da Reuters.

O desempenho tem como pano de fundo uma retração real de 3,13 por cento no recolhimento de tributos em julho sobre um ano antes, no pior desempenho para o mês desde 2010.

Com isso, o déficit primário como proporção do PIB em 12 meses foi a 0,89 por cento, renovando mais uma vez o pior patamar da série e num percentual distante do superávit primário buscado pelo governo para o ano.

A meta foi drasticamente reduzida pela equipe econômica no mês passado em meio à recorrente frustração com a arrecadação, passando a 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do PIB, contra 66,3 bilhões de reais anteriormente, mas seu atingimento conta com receitas extras, algumas das quais dependentes de aprovação do Congresso num momento em que o Executivo conta com esfacelada base de apoio entre os parlamentares.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o superávit primário ficou em 6,205 bilhões de reais, inferior aos 24,665 bilhões de reais do mesmo período de 2014. DÍVIDA Mantendo trajetória de alta, a dívida bruta como percentual do PIB alcançou 64,6 por cento em julho, acima da estimativa anterior do BC de que ficaria em 63,5 por cento.

Texto atualizado às 11h40

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