Setor de serviços em SP reduz vagas pelo 5º mês consecutivo
No último ano, 124.593 postos de trabalho do setor de serviços foram extintos em todo o estado
Agência Brasil
Publicado em 30 de março de 2017 às 16h53.
Última atualização em 13 de abril de 2017 às 16h23.
O setor de serviços no estado de São Paulo registrou saldo negativo no número de empregos gerados pelo quinto mês consecutivo.
Em janeiro, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foram cortados 1.498 postos e trabalho no setor, resultado da diferença entre admissões (176.131) e demissões (177.629).
Apesar do resultado negativo, o número é melhor que o verificado em janeiro do ano passado, quando 7.416 vagas foram cortadas.
No acumulado dos últimos 12 meses, 124.593 postos de trabalho do setor de serviços foram extintos em todo o estado.
Das 12 atividades pesquisadas, apenas os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais apresentaram alta de 1,6% no estoque de empregos em janeiro.
Os destaque negativos foram as atividades de transporte e armazenagem (-4,7%), profissionais, científica e técnica (-3,5%) e artes, cultura e esportes (-3,4%).
Em relação às ocupações, as maiores baixas foram registradas entre os condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas, que perderam 2.742 postos de trabalho.
Em seguida, estão os trabalhadores nos serviços de proteção e segurança, com 1.025 vagas a menos em janeiro.
Segundo a FecomercioSP, “a queda da atividade econômica, com base no enfraquecimento da capacidade de consumo das famílias e redução das receitas empresariais, impactam diretamente nos transportes de mercadorias e viagens”.
Perspectiva
Para a entidade, apesar do corte de vagas, os números indicam uma situação “mais amena” em relação aos dois últimos anos.
A estimativa para este ano ainda é de saldo negativo, mas a FecomercioSP espera que o resultado seja melhor do que o registrado em 2016, “quando mais de 130 mil vínculos formais foram extintos no setor”.
O levantamento, feito desde 2008, utiliza dados do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do resultado no estoque de trabalhadores em São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).